terça-feira, 31 de maio de 2011
A LEI DIVINA E NOSSAS NECESSIDADES COTIDIANAS.
A LEI de conseqüência ou de Causa e Efeito é, sem dúvida alguma, a mais fundamental das leis no destino humano. Convém lembrar, todavia, que não é uma lei estática. Freqüentemente a utilizamos para acionar novas causas que irão criar novo destino para equilibrar e melhorar o antigo destino que trouxemos do passado. A Lei de Conseqüência está intimamente ligada à Lei do Renascimento, chamada também como de Lei da Reencarnação. Todos nós já vivemos, no passado, muitas outras vidas na Terra, e haveremos, no futuro, de viver muitas outras ainda. Em cada uma delas pusemos em ação diversas causas, algumas das quais só efeitos. Tais efeitos são denominados dívidas do destino. Assim é que estamos pagando débitos e colhendo prêmios do passado. É a isso que damos o nome de destino mau ou bom.
Cabe-nos compreender desde logo, que "caráter é destino". Destino é reflexo de caráter. Nosso meio ambiente é um espelho no qual vemos o nosso caráter refletido. Não obstante, existe uma exceção a essa regra geral. É que em nosso último renascimento pudemos certamente haver-nos reformado de tal sorte que agora possuímos o que se pode chamar de um bom caráter, embora possamos continuar tendo sofrimentos e dívidas na presente existência, apesar de havermos remodelado nossa índole. Isto se deve ao fato de termos trazido débitos anteriores, os quais estamos pagando, e, como é do conhecimento geral, quando alguém resgata o que deve, considera, geralmente, que tal processo é restritivo, limitado e desagradável. Tem, contudo, o consolo de saber que as dívidas, uma vez quitadas, não mais podem ser pagas outra vez, ficando, portanto, livre delas por todas as vidas futuras. As tendências de caráter que mais freqüentemente causam mau destino são: a cólera, o temor, o orgulho, o ódio, a vingança, a sensualidade, o egoísmo, a inveja e a intolerância. Por conseguinte, a primeira coisa a fazer é analisar nossos pensamentos habituais e ver se mostram algumas dessas tendências, ainda que seja em pequena escala. Se assim acontece, comecemos imediatamente a trabalhar para eliminá-las. Os dois meios principais para obtê-los são uma mudança de pensamentos e de ação, especialmente para com as demais pessoas. O "pensamento" é o primordial, e se corrigirmos veremos quase automaticamente que nosso modo de agir está de acordo com esse pensamento.
Isto nos leva a um fator mais importante da situação, ou seja, o PODER CRIADOR DO PENSAMENTO. Este poder é o fator mais potente e fundamental da vida humana. O ditado, segundo o qual "os pensamentos são coisas tangíveis" quase palpáveis, é uma verdade incontestável. Cada vez que pensamos em algo criamos uma forma de pensamento que se pode converter em uma força vivente. Flutuam em redor de nós, em nossa aura, e se torna parte de nossa atmosfera mental, por conseqüência, integrante de nossa própria vida.
O passo seguinte é a atividade do pensamento criador que se reveste da substância do desejo e da emoção. Isso apresenta dois efeitos: primeiro, que pode conduzir-nos à ação correspondente; segundo, as formas de pensamento que não são acionadas de imediato se armazenam na memória como normas para uso futuro. Temos-lhes acesso a qualquer tempo. Podem, portanto, surgir como realidades físicas em nosso meio ambiente, tornando-o bom ou mau, conforme o pensamento que as criou. Assim, se você deseja mudar a atmosfera em que vive e sua sorte, "mude seus pensamentos". Desse modo você estará elaborando para si mesmo um novo e melhor destino que oportunamente surgirá e se manifestará de forma melhor ou de meio abundante e capaz de suprir as necessidades de sua existência.
Os desejos destrutivos, como sejam, a cólera, a vingança, o ódio, o ressentimento, principalmente a cólera e o egoísmo, desfiguram e destróem as boas formas de pensamento que tenhamos formado previamente, retardando-se, dessarte, sua materialização. Quando nos deixamos arrastar pela cólera ou pela vingança, por exemplo, dissipando alguma edificante criação mental, a configuração da correspondente forma de pensamento deve esforçar-se no sentido de uma restauração para concretizar o bem que anelamos, cuja marcha fora interrompida. Isso demanda tempo e faz retardar o período em que possa ocorrer uma mudança favorável em nossa vida, em nossa situação e em nosso ambiente geral. Veja, então, a grande importância de vigiar nossos pensamentos e emoções. Alguns perguntarão: "Como possa evitar os maus pensamentos e desejos, mantendo-os distantes de minha mente?" De fato, às vezes parece impossível evitar que se infiltrem em nós, mas a resposta é "substituição de pensamentos".
Esta prática se funda no fato de que dois pensamentos não podem ocupar ao mesmo tempo a mente, à semelhança daquele princípio de física que diz que dois corpos não podem simultaneamente ocupar o mesmo espaço. Quando você se sentir perturbado por maus pensamentos de qualquer índole, "substitua-os" simplesmente "por outros" e concentre-se nestes tão positivamente que o pensamento ruim ali não possa penetrar. É muito simples e requer apenas prática para comprovar a singeleza do tratamento. Os maus desejos são excluídos da mente pelo mesmo processo.
O PODER INTERNO – A existência desse poder é o próximo e mais importante ponto a considerar. Isso é algo acerca do qual os homens em sua maioria não possuem o mínimo conhecimento, de cuja realidade sequer suspeitam. Não obstante, o PODER INTERNO é um estupendo fator na vida humana e sobre ele se apóia o êxito na vida. O PODER INTERNO é o Ego, o Espírito, o Eu Superior, a Vida que vem de Deus e o poder essencial que mantém o homem ativo. O PODER INTERNO é o Deus Interno, e o Deus Interno é parte do Deus Externo, o DEUS do Universo. O PODER INTERNO é o traço pessoal que nos une a Deus. Para tanto, reflita quão poderoso é este Eu Superior. É "Onipotente", porque é parte do DEUS do Universo. Esta onipotência, contudo, está mais ou menos, latente na humanidade de hoje. É função da evolução desenvolvê-la e convertê-la em uma positiva e dinâmica onipotência. Eis o que gradativamente estamos aprendendo a fazer em nossa vida diária e por meio de sucessivos renascimentos.
Este Poder Interno afeta a personalidade e a vida cotidiana da seguinte maneira: O Deus Interno que é onipotente e possuidor ao mesmo tempo de toda sabedoria, está de contínuo enviando mensagem à mente consciente em forma de intuições, inspirações e idéias originais. Elas nos dizem o que nosso Eu Superior, em sua sabedora, deseja que façamos.
Se seguirmos essas sugestões e as praticarmos, os resultados em nossa vida serão construtivos. O fracasso se transformará em vitória, os obstáculos que se apresentam desaparecerão aos poucos e veremos que tudo começa a atuar conjuntamente para o bem e para o êxito em todas as coisas da vida. Se não fizermos caso das intuições do Poder Interno e seguirmos nossos desejos inferiores, bem como as extraviadas inclinações da personalidade, observaremos que nossas dificuldades aumentarão e nossa caminhada pela vida será mais árdua. Vemos quão importante é estar alerta para captar as idéias e intuições do Poder Interno e pô-las em execução.
Essas mensagens podem perceber-se de modo mais efetivo, quando a mente consciente se acalma e, muito em particular, quando estabelece momentos de quietude absoluta para a meditação, a fim de que, uma vez repousada a mente, o Poder Interno possa falar-nos e "nós ouvi-lo". Não obstante, esse Poder nos fala e envia-nos mensagens durante todo o tempo, apesar de estarmos ativos. A Consciência é outra das mensagens do Poder Interno que faríamos bem em obedecer. Se seguíssemos exclusivamente as direções desse Poder, cada vez se tornariam mais claros seus tons, reformando gradualmente nossas vidas e convertendo em sucessos nossos fracassos.
Devemos cultivar a crença na existência do Poder Interno e acreditar em sua habilidade para transformar nossas vidas. Esta crença é o cabo, o circuito elétrico que nos põe em contato com o referido Poder. Se estabelecemos nítida ligação entre esse Poder e nossa consciência (mente consciente) os resultados serão melhores porque então o Ego pode emitir suas mensagens com maior limpidez e efetividade. O descrer dessas coisas fundamentais impede a ligação e pode ainda chegar a destruí-la. Então isso nos deixa mais ou menos sem a orientação e a sabedoria do Deus Interno, ficando ao desamparo e expostos a todas as decepções. Veja como a crença nesse Poder é de grande importância. Alguns o chamam FÉ, fé em DEUS; porém, é a mesma coisa, ou seja, fé no Deus Interno e em seu poder, que é parte integrante do DEUS Externo e Sua Onipotência.
Se ouvirmos e obedecermos às sugestões e direções que emanam do Poder Interno, o temor e a ansiedade desaparecem por completo e obtemos equilíbrio, fator indispensável para um desfecho feliz. Perdemos todo temor à vida e mesmo à morte. Sabemos que tudo está determinado com sabedoria e que o resultado será BOM.
Por estar o Banco Universal amparado pelo Universo jamais poderá falir. Você nunca poderá perder ou ser iludido em algo que realmente lhe pertence. "Só se realizará a própria vontade". Não há, em hipótese alguma, erros no crédito cósmico, no qual esse Banco se desenvolve e opera. Se seu destino e seu progresso não são o que você gostaria que fossem é sem dúvida porque seu crédito no Banco Universal esgotou-se temporariamente. Neste caso, não há outro remédio senão apressar-se a fazer novos depósitos. Como já dissemos, os depósitos a seu favor se realizam por meio de um trabalho edificante, altruísta e autodisciplinado. Você pode estar certo de que seu empenho nesse sentido logo melhorará grandemente AS OPORTUNIDADES E AS CIRCUNSTÂNCIAS. Veja você como seu destino é criado "por você mesmo", que a sorte e a casualidade são apenas aparentes e que na realidade foram criadas por você no passado. Você está envolto na materialização de seus próprios atos e pensamentos. Vencer tendências indesejáveis e reconstruir e reformar seu caráter, eis o meio mais indicado para efetuar depósitos no BANCO UNIVERSAL.
O "provimento universal" do qual falam tão freqüentemente os estudantes de Metafísica é simplesmente outro dos nomes do BANCO UNIVERSAL. Muitos estudantes parecem acreditar que podem obter um provimento completo de tudo o que necessitam com o só repetir algumas afirmações. Enganam-se, todavia, quando julgam que podem sacar contra o BANCO sem fazer antes a cobertura necessária. Isto eqüivale a "procurar obter as coisas gratuitamente". Ninguém deve exigir a concretização de um desejo específico sem antes deixá-lo em mãos do Senhor, que pode atuar sabiamente. Nós não possuímos nem o direito nem a Sua Sabedoria. Porque, se exigirmos a realização de alguns de nosso pensamentos, expomo-nos a equivocar-nos e obter algo que "verdadeiramente" não desejamos.
Algumas pessoas não conseguem ter progresso espiritual e material, porque inconsciente ou ignorantemente violam a Lei de Causa e Efeito, a Suprema Lei de DAR E RECEBER. Há, sem dúvida, uma lei cósmica administrada por Forças Invisíveis, segundo a qual para receber é necessário primeiro dar. Compartindo o que possuímos, abrimos o canal que nos permite uma inundação de coisas almejáveis em nossas vidas. CRISTO, o Divino Mestre do gênero humano, ensina a existência desta lei no Evangelho de S. Lucas, quando diz "Dai e ser-vos-á dado; boa medida concentrada, sacudida e transbordante vos deitarão no vosso regaço, porque com a mesma com que medirdes também vos medirão" (6-38).
A compreensão, a aceitação desta lei e um esforço inteligente por obedecê-la trarão, a seu devido tempo, mudança favorável em nossas vidas.
A Regra de Ouro (Lucas 6-31) "E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma forma fazei-lhes vós" contém, igualmente, um importante princípio psicológico. Esta regra é inequívoca; ela nos diz em definitivo que façamos sempre o bem aos demais, sejam quais forem as circunstâncias, apesar do que eles nos façam a nós. A regra é impessoal; a conduta de outrem nada tem a ver com nosso caso. Se desrespeitarmos essa regra, obteremos infalivelmente maus resultados. Pondo-a em execução, à época oportuna ela nos trará um efetivo melhoramento em nosso ambiente e em nossas condições materiais e espirituais. Ela nos dá individualidade atrativa, magnética, o que nos torna atraentes para os demais e, ao mesmo tempo, não nos deixará faltar ajuda e a cooperação na realização de nossos projetos e anseios. Cria ainda uma força magnética que é o meio de aumentar o êxito sob todos os aspectos. Não permitamos nunca que o rancor por alguma desconsideração que tenhamos recebido nos impeça de fazer o que gostaríamos que outros nos fizessem. É realmente benéfico seguir a Regra de Ouro, que não é um simples ideal religioso.
Há outros dois ou três princípios metafísicos ou psicológicos que devemos conhecer e que aumentarão nosso progresso em matéria de trabalho, bem como no abastecimento de nossas necessidades de ordem material e espiritual. Procurar o BEM em todas as coisas e em todas as situações, apesar da adversidade das aparências é um deles. O simples fato de BUSCAR O BEM constrói uma forma de pensamento que com o tempo se converterá em um bem maior, mais sucesso e condições favoráveis. BUSCAR O BEM é como começar uma bola de neve que aumenta de tamanho à medida que desce de uma montanha. Essa é também a propriedade de toda forma pensamento. Todas as da mesma índole se combinam e crescem rapidamente. Isso se aplica na busca do bem, o qual pode ser aumentado, em nossa esfera social, de modo definido, com a prática desse princípio. O elogio ao Bem, é uma extensão do mesmo princípio e um raio de sol, a luz da alma. Ele propicia o bom augúrio e o êxito a tudo que é superior. Incentive tudo de bem que encontre nas demais pessoas, ainda que o motivo seja insignificante e, sobretudo, não se esqueça de louvar e agradecer ao PODER INTERNO, cada dia, por sua vida, sua orientação e pelo abastecimento de todas as necessidades espirituais e materiais. Tudo se origina desse PODER.
O PERDÃO é outra prática que não devemos esquecer. O perdão é científico. Ele traz consigo as forças dos planos invisíveis que nos cercam. Dissolve as formas de pensamento de ódio, vingança, egoísmo e má vontade, assim como impede que se materialize em adversidade. O rancor, a inveja, o egoísmo, a vindita freqüentemente se transmudam em alguma das condições mais infelizes da vida, especialmente se se continua habitualmente a emitir pensamentos nesse sentido.
O ódio é a força mais destrutiva do Universo, e o rancor e a vingança são fases do ódio. A vingança é a mais mortal das paixões, é absolutamente certo que impede o sucesso em todos os campos. Apesar do que possa acontecer, não se deve ter rancor nem ceder a pensamentos negativos. Você pode ter certeza de que se alguém lhe fez injustiça, a Lei invisível trará a ele merecida retribuição. Diz a Bíblia "Amados, não vos vingueis. Eu recompensarei a cada um, segundo o seu merecimento", disse o Senhor. Não tome a vingança por suas próprias mãos, porque a única coisa que você obterá é desencadear forças psicológicas que mais tarde ou mais cedo reagirão sobre você mesmo, com desvantagem. Diz a regra: "Perdoa tudo e mantém-te perdoando sempre, apesar de toda inclinação pessoal, e nada perderás, como erroneamente possas supor". Isso evoca à mente um princípio de vital importância e interesse sobre o êxito: "Fazer a vontade de outra é o ácido para provar o amor". A Bíblia o confirma ao ensinar: "Faze as pazes com teu adversário". A vontade própria é o amor próprio e o amor próprio é uma fase do ódio para com os outros. A aplicação deste princípio é particularmente valiosa quando queremos evitar desmandos e extinguir os que tenha começado. Naturalmente não devemos fazer a vontade a quem comete uma injustiça conosco ou em relação a terceiros. Devemos sacrificar as nossas inclinações e vantagens, ajustando-nos quanto possível às idéias de nosso adversário, satisfazendo-lhe o sentido de justiça. Por esse meio convertê-lo-emos em nosso amigo. Fazer com que predomine sempre a nossa vontade é obstruir o restabelecimento do êxito da cooperação amistosa.
Muito se tem falado sobre a CONFISSÃO. É provável que você não conceda a menor importância. Deve ter pensado, com certeza, que confessar as más ações a um sacerdote ou a um ministro não tem qualquer efeito. Não obstante, há notável princípio metafísico oculto na confissão, que é o seguinte: a confissão faz desaparecer a força emocional constituída por formas de pensamento sobre as nossas faltas do passado, liberando-as e ajudando-nos a restaurar o equilíbrio e a calma. Quando se comete uma falta que produz temor, vergonha, cólera, etc…, essa forma de pensamento penetra profundamente na subconsciência e ali fermenta. Especialmente se o mal não foi sanado na época oportuna. Formas de pensamento de tal natureza podem fermentar no subconsciente durante anos e com o tempo gerar o que se conhece por "complexos" e "neuroses". Se temos muitos desses complexos enterrados na subconsciência, perdemos gradativamente o equilíbrio e nos tornamos nervosos e neuróticos. Eis onde a confissão atua. Por seu intermédio liberta-se a energia emocional dos complexos que se dissolvem, não voltando a molestar-nos.
A confissão não precisa ser necessariamente feita a um sacerdote ou ministro de qualquer religião. Pode-se fazer diretamente à pessoa a quem se prejudicou ou ainda a alguém de absoluta confiança. Podemos também autoconfessar-nos ao EU SUPERIOR. Chamamos a esse confessório de "Retrospecção". Devemos realizá-lo toda as noites ao deitar-nos, começando por analisar os últimos acontecimentos do dia té chegar aos primeiros da manhã. Para que a Retrospecção surta efeito é indispensável o maior sentimento de contrição, uma vez que através dele nos purificamos, desfazendo a força emocional contida nos complexos ocultos. Grande número de pessoas têm encontrado na confissão, em qualquer da formas, alívio incrível, e sempre é seguida por singular aumento de êxito em todos os setores da vida.
Donde se conclui que será uma idéia excelente a de estender o princípio da confissão ou retrospecção aos anos anteriores de nossa existência, a fim de esclarecer os complexos que penetram em nosso subconsciente, impedindo-nos totalmente qualquer evento feliz. Tal processo pode chamar-se de retrospecção retardada, conforme ensina a Filosofia Rosacruz. A melhor forma de efetuá-la será por escrito. Sente-se e escreva em linhas gerais os acontecimentos do passado que lhe tenham causado temor, cólera, vergonha, etc, etc. Faça o máximo possível cada vez e assim continue até que haja revisado toda a sua vida. Aos poucos notará maravilhoso alívio mental e emocional, que oportunamente se refletirá em forma de melhoria da condições materiais e espirituais. Esses escritos devem fazer-se em segredo, omitindo os nomes de seus personagens. Terminada, essa autoconfissão escrita deve ser destruída.
Durante a vida não se pode obter êxito verdadeiro se não se possui razoável saúde, motivo por que devemos considerar a SAÚDE como fator de importância para a satisfação das necessidades de ordem material. Devemos ter sempre em mira a força vital emanada de nosso PODER INTERNO, o Ego. Se algo se interpõe entre a influência desta vida em nosso corpo e nossa personalidade, isso acarretará uma saúde precária. É possível aprisionar o Ego atrás de uma nuvem de errôneas formas de pensamento, falsas crenças, etc… de sorte que a corrente constitutiva da força, da vida do Ego, se reduz decididamente. Se emitirmos formas de pensamentos destrutivas, como temor, cólera, sensualidade, egoísmo, etc. que limitam e se acreditarmos no poder do mal sobre nós, tudo isso tende a encerrar o Ego, e "como crê" que está limitado na vida, realmente o estará.
Para a SAÚDE é necessário que a pessoa, a mente e a vontade cooperem com o Ego e se repilam toda forma de pensamento restritivo. Além disso, é possível construir um instrumento com o qual se perfure e destrua a atual nuvem de pensamentos. Tal instrumento são NOVAS formas mentais de fé, de fortaleza, de otimismo, de onipotência do PODER INTERNO, do êxito e de certeza de que todas as coisas boas são atingíveis. Construa novas formas de pensamentos nessa direção e elas se combinarão entre si, constituindo uma forma de grande potência e força. Eis o instrumento que perfurará essa nuvem mental e libertará o Ego. Fique certo de que apenas pensamentos errôneos podem bloquear esse poder. Mude, pois, seus pensamentos, e essa faculdade o livrará, operando milagres em sua vida. Restaurará sua saúde. Modificará suas condições mentais. Use a IMAGINAÇÃO para criar quadros de saúde abundante e de grande poder do Ego interno e esses quadros se confundirão com outras formas de pensamento de força e valor, convertendo-se em parte do instrumento de libertação. Então, verificará que terá deixado de ser um escravo da falta da saúde. Você verá que ela é complemento normal do repouso (calma) e de outras condições emocionais equilibradas. Juntamente com esse estado sadio virá maior disposição para o êxito no trabalho de ordem material e espiritual.
A FELICIDADE RESIDE APENAS NA MENTE - As condições externas têm uma influência na felicidade somente onde se lhes tenha permitido afetar as formas de pensamento. Essas formas têm a propriedade de cobrir-se com essa substância do plano invisível que conhecemos como Emoção. Se pensamos em otimismo e felicidade, substância emocional dessa natureza invade-nos a mente, e somos FELIZES, apesar de todas as condições materiais ou corporais. Se, ao contrário, elaboramos formas mentais de temor e de fracasso, elas constróem substância emocional de infelicidade e seremos infelizes, ainda que tenhamos todas as riquezas do mundo e uma saúde perfeita. Fica, portanto, demonstrado que a FELICIDADE só reside na mente e que pelo controle dos pensamentos e substituição deles temos sempre a chave da felicidade e do progresso. Em conclusão, dar-lhes-emos três pequenas fórmulas para ajuda própria que estão baseadas em sadios princípios metafísicos e que têm demonstrado sua valia.
PRIMEIRO, PENSAMENTO CONSTRUTIVO, POSITIVO – Mantenha sua mente sempre positiva e aberta, não imóvel e inerte. O pensamento construtivo fecha automaticamente a receptividade ao enxame de pensamentos que, impedidos de entrar, cessam de influir na vida, e as criações mentais melhoram consideravelmente através da decisão de concretizar as boas coisas.
SEGUNDO, A CHAVE DE OURO – Quando você se achar em dificuldades, quando tema perder algo valioso, não continue a construir formas mentais negativas, porque elas apenas contribuirão para que você se deprima. Ao contrário, inverta o processo e não faça senão PENSAR EM DEUS. Ele envolve todas as coisas desejáveis. Recusando-se a pensar na desgraça e pensando em Deus, você estará construindo pensamentos de força, bondade e sucesso, ainda que não perceba. Eles, a seu tempo, se concretizarão em forma de bem, e a calamidade que você temia se terá dissipado.
TERCEIRO, O PODER DO DEVER – O Dever cumprido um dia, e oportunamente, tem o poder de criar bem suficiente para acompanhá-lo durante o dia inteiro. E amanhã será outro dia no qual você pode repetir o processo. Os deveres cumpridos com amor são um caminho para a libertação. Esta é uma chave vital de êxito em todos os planos, material e espiritual, conforme prega a Filosofia Rosacruz, para qualquer outro período da vida. O sucesso que se obtém como resultado do dever cumprido não será sempre a classe do êxito que você mesmo teria escolhido, mas será o verdadeiro êxito sob o ponto de vista do Espírito, e isso é o que importa. Ainda mais, examinado a seu tempo, este êxito se converterá em uma forma tal que será facilmente reconhecida e admitida como a melhor. Entretanto, você estará livre do temor e da ansiedade porque saberá, finalmente, que "tudo" sairá BEM.
Assim, por intermédio do poder do dever cumprido, você se capacitará para VIVER PELA FÉ NO PODER INTERNO, que é o segredo fundamental do êxito da vida, e no cumprimento das necessidades ordinárias da existência material e espiritual.
Augusta Foss Heindel.
A Gnose.
A gnose é um conhecimento esotérico que surgiu na Antiguidade. Desenvolveu-se no seio do cristianismo antigo, principalmente na Ásia Menor e no Egipto (Alexandria). A gnose contém elementos de antigas doutrinas provenientes da Grécia e da Babilónia, do judaísmo e do Egipto faraónico. Todas se orientaram para a exégese mística e esotérica dos mistérios cristãos. Na maior parte dos casos relacionam-se com ritos iniciáticos, capazes de provocar o êxtase.
Do ponto de vista da doutrina, a gnose revela uma surpreendente homogeneidade quando estuda os mistérios da "queda" e da "redenção" do homem. Pode-se dizer mesmo que a gnose vai mais longe do que a interpretação vulgar da revelação testamentária, uma vez que remonta às origens do acto criador e desenvolve uma tese que transcende os mitos bíblicos. Para esta doutrina, o problema do bem e do mal estão ligados ao conhecimento (gnose) e à ignorância.
Havia numerosas escolas gnósticas no passado. O cristianismo desse tempo via nelas uma espécie de heresia, mas, curiosamente, foi através dos escritos dos Padres da Igreja que a sua doutrina essencial chegou até nós.
Os Gnósticos
O termo "gnose" significa, em grego "conhecimento". Não se trata do conhecimento empírico do mundo físico, mas o conhecimento místico de Deus. Os gnósticos eram filósofos místicos. Diziam que o homem podia conhecer pela razão o segredo da divindade e a essência do mundo.
Alguns historiadores costumam considerar o gnosticismo como um ramo do cristianismo. Outros, porém, acham que o cristianismo cresceu com base no gnosticismo e que este é mais antigo que o cristianismo. Há, por certo, uma parcela de verdade tanto num como noutro ponto de vista.
Os Cristãos
No século I já existiam no seio das comunidades cristãs várias correntes em luta entre si. Na Revelação, de S. João, mencionam-se os herejes nicolaítas.
No século II acentuou-se a luta encarniçada entre seitas e correntes. As mais interessantes de todas foram os movimentos dos gnósticos, especialmente dos marcionitas, e o movimento dos montanistas. A Igreja desse tempo, que se apresentou como a Nova Profecia, tomou a defesa da pistis, a fé, e reagiu contra os "gnósticos", que eram partidários da salvação por meio do conhecimento (gnose). No entanto, o estudo da teologia gnóstica mostra até que ponto as teologias das várias confissões cristãs actuais lhes são devedoras de vários princípios dogmáticos.
A Influência dos Gnósticos
A doutrina gnóstica do Logos (o Verbo), passou para o cristianismo na figura de Cristo Salvador. Isto é visível, em especial, no quarto Evangelho (segundo S. João), impregnado de espírito gnóstico: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus...1".
Há um livro, chamado Tratado Tripartido, escrito por um gnóstico (Heraclião, discípulo de Valentim), que expõe a concepção trinitária de Deus, composto de Pai, Filho e Ekklésia, na acepção que lhe dá Hermes: "comunidade mística de fiéis". Quase um século antes do concílio de Niceia, Heraclião concebe a trindade tal como irá penetrar no dogma católico: o Pai, o Filho e o Pneuma/ Espírito Santo.
Outro livro, intitulado Pistis Sophia, é uma espécie de romance filosófico em que Jesus e Sofia (a Sabedoria) desvendam a complexidade do universo regido por uma coorte de entidades, no seio das quais a alma procura, em peregrinação iniciática, a luz da salvação. O Pistis Sophia, que se pode considerar o "Livro dos Mortos" cristão, revela a vontade de pôr em concordância a gnose (conhecimento intelectual) e a pistis (fé).
Na época, porém, a corrente cristã intelectual foi vencida pelo cristianismo popular, pouco inclinado a deixar-se arrastar para tais especulações.
Glossário
Dogma. Do grego, com sentido de "decreto", "mandato". Desde o século XVIII significa uma imposição doutrinal sem base crítica dos seus princípios, apenas fundamentada na autoridade.
Exégese. Do grego, "explicação" ou "interpretação". Ciência que estuda o sentido de um texto, uma palavra ou uma frase.
Heresia. Separação, eleição. A palavra deriva do grego airesis, que significa ruptura, separação. No âmbito religioso, é considerado como heresia o desvio, opção, opinião particular ou não, que se afasta ou separa da doutrina oficial da Igreja.
Marcião. Rico armador de Sínope, no Mar Negro. Em 144 funda um movimento, por estar em desacordo com os presbíteros acerca de diversas passagens do Antigo Testamento. O seu movimento durou séculos, florescendo na Idade Média.
Nicolaítas. Um dos numerosos grupos gnósticos que surgiram no século I. Havia outros, como os ofitas, cainitas, etc. Cf. Ap., 2, 6 e 15.
Valentim. Membro da principal escola gnóstica, a egípcia. Foi a escola que produziu o sistema de maior maturidade. Valentim viveu em Roma entre 160-170 d.C.
Padres da Igreja. São os autores que reúnem as quatro condições seguintes: 1. Ortodoxia na doutrina; 2. Santidade de vida; 3. Aprovação da Igreja; 4. Antiguidade. Há "Doutores da Igreja" que não foram considerados "Padres da Igreja".
Bibliografia.
Orbe, Antonio – La Teologia dei Secoli II e III, Il Confronto della Chiesa con lo Gnosticismo, Vol I: Temi Veterotestamentari, Pontificia Università Gregoriana, Roma, 1995; Tokarev, Sergei – História das Religiões, Edições Progresso, 1986; Vaneigem, Raoul – As Heresias, Edições Antígona, Lisboa, 1995; Visieux, Dominique – La Pistis Sophia et la Gnose, Pardès, 1988.
sábado, 21 de maio de 2011
A vida secreta das plantas.
Desde os tempos mais remotos que, em todas as culturas os homens adquiriram profundos conhecimentos sobre a vida das plantas, sempre em relação com uma concepção universal de vida, conhecimento que se integrava nas grandes ciências da Alquimia, Astrologia, Medicina, etc.
As fontes principais deste saber foram as Escolas de Mistérios e a comunicação directa dos Médico-Magos com os elfos, silfos, fadas, duendes e demais espíritos elementais que convivem com as plantas, os quais intruiram o homem. Tão grandes conhecimentos foram-se perdendo gradualmente com o correr dos milénios, com brilhantes renascimentos na Grécia, Roma e entre os celtas, até às últimas luzes impulsionadas pelos povos incas e aztecas.
Passado o desastre da queda do Império Romano, e após séculos de obscurantismo, um novo hálito da Tradição desperta a Europa e a partir de Itália surge o Renascimento; génios da talha de Da Vinci, Paracelso ou Giordano Bruno, entre outros, permitiram que o Ocidente redescobrisse aquelas antigas Ciências, ainda que isso só fosse possível de maneira muito fragmentária.
O materialismo desenvolvido a partir do século XVII foi obstruindo cada vez mais esses contactos e, enquanto se edificava uma pseudociência mecanicista e dogmática, perdeu-se lentamente a capacidade de percepcionar o lado subtil da Natureza e os seus habitantes; alcançaram-se concepções muito precisas do mundo material em contraste com uma ignorância quase absoluta do invisível, verdadeiro agente dos fenómenos físicos e químicos.
No século XX, em que o materialismo entronizou a sua miopia, foram definitivamente cortados esses já tão frágeis vínculos. Chegou-se a considerar a vida como uma mera dinâmica de fenómenos ordenados, mas sem nenhuma transcendência. Os seres foram vistos como coisas que possuiam um mecanismo vital, e em consequência disso afirmou-se que nas plantas existia um tal fenómeno e que, por isso estavam vivas.
No meio desta obscuridade surgiu a figura singular de Helena Blavatsky que, apesar da incompreensão e da intolerância reinantes, manteve vigente num selecto grupo de mentes lúcidas a concepção da Vida-Una. Assim chegámos ao século XX, onde uma série de descobertas dera à Ciência oficial a possibilidade de considerar fenómenos que se afastavam de sua própria óptica materialista; e sem por isso abandonar as suas alienações, começa a estudar com maior humildade e menos preconceitos determinados fenómenos considerados noutros tempos pouco sérios. O cientista do século XIX foi intransigente, manifestando orgulhosamente o seu pretenso saber; o do século XX, pelo contrário, menciona os seus achados com muita cautela. E o facto é que na segunda metade do nosso século experiências inquestionáveis obrigaram-no à mais extrema prudência, face à probabilidade da vida ser uma realidade para além do estritamente material.
Estamos quiçá, assistindo à aceitação de algo que os esoteristas de todos os tempos afirmaram: que as plantas e tudo quanto existe têm tanta vida como nós e o Universo na sua totalidade.
Paracelso
Não podemos, nesta breve resenha dedicada à vida oculta das plantas, deixar de mencionar a grande figura de Paracelso.
Nos inícios do Renascimento, ao lado de outras grandes personagens, surge o génio maravilhoso de um grande alquimista e médico ilustre chamado Aureolus Philipo Teofrastos Bombast de Hohenheim.
Nasceu em Einsiedeln, Suiça, em 10 de Novembro de 1943; desde muito jovem o seu pais ensinou-lhe que a Medicina se encontra na Natureza, e só aí é que os homens deviam buscá-la. Dado que tinha um físico muito frágil, o seu pai levava-o a viajar constantemente, convencido de que a mudança de ares o fortificaria. Nessas viagens aprendeu a conhecer as plantas que tinham propriedades curativas ou tóxicas, seu pai também o iniciou nos conhecimentos de Medicina, Cirurgia, Alquimia, Teologia e Latim. Ainda muito jovem conheceu em Levanthal o bispo beneditino Eberhard Baungartner, tido como um dos mais notáveis alquimistas do seu tempo, recebendo os seus ensinamentos com grande avidez. No entanto, o seu maior anseio era poder curar os enfermos, orientando sempre a sua formação para esse fim.
Mais tarde viajou para Basileia, onde aprendeu ainda mais sobre Astrologia e outras Ciências afins. Porém os ensinamentos da Universidade conservavam o espírito medieval pleno de conhecimentos anquilosados; assim, decide procurar um verdadeiro Mestre embarcando para Wurzburg ao encontro do abade beneditino Tritemius, autêntico Adepto, que o instruiu na verdadeira Ciência. Dada a sua vocação, orientou tudo o que aprendeu para a cura das doenças, valendo-se principalmente das propriedades das plantas, assim como de comunicações com os espíritos elementais da Natureza, como ele próprio refere. Deu a conhecer, mais tarde, através de publicações, alguns ensinamentos de carácter ocultista, aplicados sempre à Medicina que tanto amou. Destaca entre os seus ensinamentos o que se refere à inter-relação das plantas com as múltiplas manifestações dos seres vivos no Cosmos, e que definiu como “Signatura”.
O seu amplo espírito levou-o a utilizar diversas vertentes no campo das terapêuticas, tais como a Fitoterapia, a Homeopatia e medicamentos de origem mineral. Chegou a desenvolver uma verdadeira Medicina mágica, aproximando-se de uma certa forma dos Mestres-Magos da Antiguidade.
É a ele, pois, que devemos a pequena chave deste conhecimento oculto, que oferecemos ao leitor através do presente artigo.
As plantas, o Homem e o Cosmos
Em 1966, Backster, famoso técnico na detecção de mentiras através de um galvanómetro, teve o impulso de conectar os seus eléctrodos às folhas duma dracena, acompanhando a reacção desta face à água vertida sobre as suas raízes. Qual não foi o seu espanto ao ver que o galvanómetro produzia um gráfico com linhas extremamente acidentadas: seria possível que a planta fosse capaz de exteriorizar emoções?
A maneira mais eficiente de provocar num ser humano uma reacção suficientemente forte para que o galvanómetro salte é ameaçar pôr em perigo o seu bem-estar. Foi precisamente isto que Backster decidiu fazer à planta: introduzir uma folha de dracena na sua chávena de café quente; o galvanómetro não registou nada. Reflectiu um momento e ocorreu-lhe uma ameaça maior: queimar a folha a que tinha aplicado os eléctrodos. No próprio momento em que pensou nisso o gráfico descreveu uma prolongada linha ascendente. Backster não se tinha movido na direcção da planta nem do gravador. Seria possível que a dracena estivesse lendo o seu pensamento?
Saiu da sala e voltou em seguida com alguns fósforos, observando então que o gráfico registava outro traço brusco para cima, sem dúvida causado pela sua determinação em levar à prática a ameaça que tinha pensado. Dispôs-se a queimar a folha. Desta vez o gráfico assinalou uma reacção mais baixa. Quando, efectivamente, começou a fazer os movimentos de tentar queimar as folhas, não houve reacção alguma. A planta parecia capaz de saber distinguir entre uma tentativa verdadeira e outra simulada.
Backster também comprovou que quando as plantas se viam irremediavelmente ameaçadas, recorriam ao “desmaio”. Assim, a sua planta não reagia a nenhum estímulo sempre que se encontrava na presença de um fisiólogo, cujo trabalho requeria destruir plantas a fim de obter o seu extrato seco.
Para averiguar se as plantas possuiam uma certa forma de memória deu-se início a um plano segundo o qual Backster iria tentar identificar o assassino secreto de uma planta. Seis estudantes, com os olhos vendados, tiraram à sorte um papelinho dobrado de um saco, havendo num deles instruções para arrancar e destruir completamente uma das suas plantas existentes numa sala contígua. O “assassino” tinha que cometer o crime em segredo, com a outra planta por única testemunha. Conectando a planta sobrevivente com um polígrafo e fazendo com que os alunos desfilassem um a um diante dela, Backster conseguiu identificar o culpado, pois só na presença de um deles é que a planta descreveu no polígrafo uma curva frenética de movimentos; a seguir, o estudante confirmou ter sido ele o “assassino”.
Numa outra série de observações, Backster notou que parecia criar-se uma espécie de vínculo de afinidade entre uma planta e o seu tratador, qualquer que fosse a distância que os separasse. Chegou a esta apreciação mediante cronómetros e anotando todas as suas actividades durante o dia, comprovando logo que a curva descrita pelo polígrafo coincidia com as diferentes emoções vividas pela planta ao longo da jornada.
Vogel, cientista inspirado nas experiências de Backster, dispôs três folhas na cabeceira da sua cama e todas as manhãs durante um minuto, exortava amorosamente duas delas a viver, ignorando deliberadamente a outra. Passado uma semana, esta última estava murcha, enquanto que as outras mostravam-se viçosas. Um dia convidou um psicólogo a ir a sua casa; a planta da sala, que tinha um polígrafo conectado, teve uma reacção instantânea e intensa, ficando de repente como morta. Quando Vogel perguntou ao psicólogo em que é que tinha pensado, este respondeu-lhe que tinha comparado mentalmente o filolendro de Vogel com um que tinha em casa, e pensou quão inferior era o de Vogel ao seu. De uma forma evidente, a planta de Vogel mostrou-se tão cruelmente ferida “nos seus sentimentos” que se recusou a reagir durante o resto do dia; com efeito, esteve quase duas semanas sombria e mal-humorada. A partir daí Vogel não teve dúvidas de que as plantas podiam ter aversão aos pensamentos dos seres humanos.
Isto não foi apenas comprovado com seres humanos; Backster pôde demonstrar a um grupo de estudantes da Universidade de Yale que os movimentos de uma aranha na sala em que uma planta estava conectada com o seu equipamento podiam originar importantes alterações no gráfico produzido por esta como, por exemplo, imediatamente antes da aranha escapar a uma tentativa humana de limitar os seus movimentos.
“Parecia – comentava Backster – que a planta captava cada uma das decisões da aranha em fugir, causando uma reacção na folha”.
Numa outra ocasião Backster cortou-se num dedo e untou-o com iodo; a planta que estava a ser observada por meio do polígrafo reagiu imediatamente à morte, segundo parece, de algumas células do dedo.
“A faculdade de sentir – assegura Backster – não parece acabar no nível celular. Pode-se estender ao molecular, ao atómico e até ao subatómico. Concluindo, todas as classes de seres que foram consideradas, convencionalmente, inanimadas, necessitam de uma nova avaliação”.
As plantas e a música
Dorothy Retallack, organista e soprano profissional que tinha dado concertos no Beacon Club de Denver, começou a realizar uma experiência biológica de laboratório com plantas. Juntamente com a amiga formaram dois grupos diferentes de plantas, entre as quais havia filolendros, milho, rabanetes, gerânios, etc. Em seguida, frente a um dos grupos, fizeram soar segundo a segundo as notas musicais “Si” e “Ré”, tocadas a piano e gravadas numa fita magnética; aqueles sons aborrecidos e monótonos, após três semanas de experimentação, fizeram com que todas as plantas começassem a murchar, e algumas delas, inclusivé, afastaram-se da fonte do som, como se fossem desviadas por uma forte ventania. O grupo de plantas que se tinha desenvolvido em paz floresceu.
Também realizou uma experiência de oito semanas com cabaças de Verão, transmitindo para o seu interior música de duas estações de rádio de Denver: uma delas “rock”, e a outra, música clássica. As cucurbitáceas não foram de modo algum indiferentes a estes dois estilos musicais: as expostas às peças de Haydn, Beethoven, Brahms, Schubert e de outros autores europeus dos séculos XVIII e XIX, orientaram-se na direcção do aparelho de rádio, e uma delas enroscou-se amorosamente em torno do transistor. As outras cabaças desenvolveram-se de forma a evitar a música “rock”, e até tentaram trepar pelas paredes resvaladiças da sua caixa de cristal. Em princípios de 1969, a senhora Retallack organizou uma série de ensaios semelhantes com milho, cabaças, petúnias, calêndulas, etc., tendo obtido o mesmo resultado. A música “rock” fazia que, de início, algumas plantas crescessem anormalmente altas e com folhas excessivamente pequenas, ou que ficassem paralisadas; ao cabo de quinze dias, todas as calêndulas tinham morrido, enquanto que outras idênticas, às quais chegavam os compassos de música clássica, floresciam a dois metros dali. Ocorreu algo ainda mais interessante: durante a primeira semana, as plantas expostas à música “rock”consumiam muito mais água do que as expostas à música clássica, embora tirassem menor proveito, já que ao examinar as suas raízes estas estavam esquálidas e só tinham uma polegada de longitude, ao passo que as do outro grupo eram grossas, espessas e quatro vezes mais compridas. Vemos, pois, que um determinado tipo de música exerce influências benéficas no crescimento e desenvolvimento das plantas, graças à sensibilidade que estas possuem, enquanto que outros ritmos produzem efeitos negativos, impedindo o seu desenvolvimento ou provocando enfermidades e, inclusivé, a morte.
Uma vez mais corroboramos a íntima vinculação das plantas com o meio ambiente.
Os Chamanes
O Médico-Mago da Antiguidade, que acumulava uma enorme Sabedoria ao longo dos tempos e dos ciclos históricos, tem na actualidade um modesto mas não menos enigmático herdeiro, o “chamane”.
Os chamanes, os “medicine man” dos povos marginais de todo o mundo, não são supersticiosos ignorantes que pretendem conjurar forças estranhas que desconhecem ou temem; bem pelo contrário; são, no seu meio, personagens de uma reputada capacidade e inteligência, e que reúnem condições de liderança face aos seus semelhantes.
Para alguém se tornar chamane de um povo é fundamental ter uma particular disposição ou abertura para com o mundo natural, o que lhe permite comunicar activamente com a Natureza, com o Espírito das montanhas, dos vales, dos bosques, dos animais e das plantas.
Um aspecto essencial destes singelos médico-magos é, pois, a possibilidade de entrarem em comunicação com os elementais das plantas, estabelecendo com eles uma espécie de diálogo que lhes permite encontrar o tipo de substâncias vegetais que podem utilizar para tratar determinadas maleitas dos seus povos; segundo as suas próprias referências, este diálogo é levado a cabo através das técnicas do êxtase. Segundo os investigadores, há milhares de anos atrás os estados místicos alcançavam-se por vontade própria, ao passo que actualmente os chamanes perderam muito do seu poder e necessitam de utilizar plantas alucinogéneas para realizarem o seu labor; não obstante, é preciso reconhecer neles um passado de alguma forma vigente, um conhecimento intuitivo da vida secreta das plantas, e hoje a Ciência actual voltou o seu olhar para eles em busca de tratamentos mais naturais. No entanto, esta Ciência não chega a compreender que o que necessita de aplicar não é uma maior acumulação de conhecimentos e de técnicas, mas uma concepção radicalmente diferente do Universo. Entretanto, próximo de nós estão estes seres singelos que preservam da soberba e ignorância do nosso século conhecimentos fabulosos.
Peter Tompkins e Christopher Bird.
Os Celtas.
A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.
Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.
A Cultura Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve sobre os Celtas colocando-os para além dos “Pilares de Hércules” (isto é, Espanha) e acima do Danúbio. O nome "Celta" surgiu da tribo dominante dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.
Segundo historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão desde a Espanha à Turquia.
Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).
Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra ask, de onde a denominação geral asktan dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...
Os Celtas dominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos. Mas só mais recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível cultural, lingüístico e artístico. Os Celtas com grupo e raça, há muito que desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.
Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.
Relativamente ao nome BRASIL...Este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na antiga Língua céltica "braazi" queria dizer "terra grande" segundo escritos do estudioso Sérgio Trombelli...
Por outro lado, sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem cabralina - mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João a el-rei D. Manuel logo após o "descobrimento" oficial a tal Insulla Brazil...
É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios.
E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).
Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.
E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito. Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...
Os povos Celtas, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura Portuguesa.
Inglaterra, Escócia e Irlanda.
O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.
A Origem Celta ao que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia. Durante os 600 anos seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia. No continente foram vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e Druidas.
Muitas das informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento acerca da sociedade céltica.
Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "sagrado" pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.
Para a Cultura Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia uma grande cerimônia:
Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;
Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do fogo". Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;
Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;
Samhain - a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.
Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.
Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.
A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes.
O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na Última Ceia”).
A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.
Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.
Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.
A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja Católica, “seu” Deus é uma figura masculina.
Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher". Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.
Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.
Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo à influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais. Daí a perseguição cultural à figura da Mulher tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os Fenícios).
Por isto, e por outros “motivos” católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres.
Existiam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.
Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado sagrado da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias sagradas.
Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.
Eis-nos retornando à essência feminina... Como surgiu a Voluspa? Sabemos que foi através da Mulher que os povos Celtas se organizaram. Algumas mulheres, sentindo em si-mesmas o Espírito dos seus Ancestrais e dos Deuses divulgaram essa Mensagem tornando-se Voluspas. Leitora do Oráculo e seu eco místico, a Mulher tornou-se legisladora e, com isso, poderosa: a voz da Voluspa era a voz Divina que vinha do ventre da Terra e ecoava por todo o sistema cósmico.
Verifica-se que a Cultura céltica adotou, no seu sistema esotérico-religioso, a via matriarcal. Isso passou, aos poucos, para a vida social. O que ainda é, hoje, visível em determinadas regiões onde esse sistema foi implantado antes do Segundo Milênio AC, como no centro e norte de Portugal (onde se formaram os celtiberos), no norte da Espanha, na Gália, nas Ilhas Britânicas (particularmente na Irlanda e na Ilha de Man), no Alto Danúbio (Boêmia e Baviera), i.e., o patriarcado ficou responsável pelos assuntos da Guerra enquanto o matriarcado pelos assuntos do Espírito, do Social e do Legislativo, que o mesmo é dizer: da Cultura.
Forte, o Oráculo da Voluspa era Lei geral. Enfim, a Mulher tornava-se Ser Humano gerando Civilização... E até formou uma fantástica corte guerreira, na Ásia, em meio à outra dissidência: um povo de mulheres que decidiu caminhar com suas próprias leis - as Amazonas. Na concepção d'olivetiana, a palavra compõe-se do radical mâs, conservado ainda no latim puro e reconhecível no francês antigo masle, no italiano maschio e no irlandês moth; esse radical, unido à negativa ohne forma a palavra mâs-ohne à qual se ligou o artigo fenício ha; a palavra ha-mâs-ohne significa as-que-não-têm-macho.
Ora, nesta estrutura encontramos a origem céltica e a moradia asiática. Até meados de 1997 falar d'as amazonas era falar, quase sempre, de uma lenda, apesar da extraordinária contribuição dos estudos d'olivetianos sobre esse povo. Em 1997 foram descobertas as tumbas, no Caucaso, onde muitas dessas guerreiras foram enterradas...A pesquisa arqueológica - neste caso como no caso d'os manuscritos do mar morto - é a principal arma da História contra a estupidificante estória oficial...! Foi feita homenagem a D'Olivet.
Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.
O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires como Stonehenge (veja link).
Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções megalíticas eram condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.
Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais sagradas.
A realização das cerimônias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas. Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.
Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".
Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.
É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico, segundo José Laércio do Egito.
Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples. A geomância atual já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, (os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos, segundo alguns pesquisadores), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.
Obs: Caso o leitor tenha alguma dúvida ou discordância em relação a este texto, por favor, entre em contato conosco, pois nosso intuito é e sempre será desmistificar em abordagens simples a rica e sagrada Cultura Celta que é de grande magnitude para a compreensão dos Antigos Mistérios e a razão principal da existência hoje do Site Mistérios Antigos.
Na realidade não se pode falar da Cultura Céltica sem se falar da Cultura Druídica, de Ceridwen e Taliesin, das Sacerdotisas da nossa Ilha de Avalon, do nosso Rei Arthur e a busca do Santo Graal...
Que a Paz esteja com você!
Grupo MisteriosAntigos.Com
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Os Gurahl.
Gurahl
Os Gurahl acreditam que, entre todos os filhos de Gaia, os Ursos são seus primogênitos e mais adorados. Como todos os filhos e filhas mais velhos, sua trajetória foi acidentada e repleta de erros, perigos e triunfos. Eles protegeram Gaia e a mantiveram pura por centenas de anos antes que a Wyrm começasse a consumi-la. Mas a Wyrm ficou muito poderosa, e a posição dos Gurahl foi usurpada por seus irmãos mais novos, os Garou.
Os Gurahl eram pacifistas, purificadores, protetores e curandeiros. Eles possuíam muito conhecimento sobre a vida e as forças da vida. Eles dominavam a Morte e também a Vida, e eram capazes de contornar e atravessar o Véu Negro. Eles procuravam coexistir com os humanos e ajudariam os grupos humanos em momentos de fome ou frio extremo. Freqüentemente, um desses Gurahl concedia sua vida a uma tribo de humanos depois de uma grande caçada; seu corpo alimentaria e aqueceria a tribo. Depois da caçada, os Gurahl secretamente recolhiam os ossos de seu irmão caído e invocavam Gaia para ressuscitá-lo. É provável que os humanos tenham copiado dos Gurahl a tradição de enterrar os seus em solo de Gaia, na esperança de que suas almas também retornassem. Os Cultos ao Urso em toda sociedade humana antiga, configuram um testamento da capacidade dos Gurahl em interagir com os humanos.
Guardiões solitários, os Gurahl vagavam pelas regiões selvagens à procura de sinais da Wyrm. Mas sua natureza solitária os traiu. Embora eles fossem poderosos quando reunidos, era tão raro que estivessem próximos uns dos outros que a Wyrm era capaz de atacá-los individualmente. A Wyrm começou a corromper tantas áreas que os Gurahl não foram capazes de impedir que ela se alastrasse. Gaia gritou de dor, e em dor, pariu os Garou.
Inicialmente, os Gurahl amaram seus irmãos mais novos e lhes ensinaram muita coisa, inclusive o Ritual da Purificação, Passagem e Dons como Toque da Mãe e Sentir a Wyrm. Mas os Garous eram guerreiros, e sua Fúria era vasta e incontrolável. Os Gurahl pediram aos seus irmãos que contrabalançassem raiva e calma, mas os Garous não lhes davam ouvidos. De fato, os Garous começaram a suspeitar de seus guardiões solitários, pensando que a Wyrm os tinha corrompido enquanto eles vagavam por trilhas distantes.
Os Gurahl encontraram-se num Grande Concílio de Ursos, e decidiram negar aos seus irmãos mais novos a sabedoria da Grande Cura, o conhecimento da trilha entre a vida e a morte, e o Ritual do Renascimento. Isto apenas confirmou as suspeitas dos Garou, e conduziu a diversos rompantes de violência entre Garous e Gurahls. Os Gurahl ressuscitaram seus mortos, e desapareceram das terras baixas.
Subitamente, todos os lugares amados pelos Gurahl começaram a esmorecer e apodrecer. Então, chegou o Longo Inverno. Os Garou quase não sobreviviam aos piores momentos, e a Wyrm devorou aqueles que caíam frente ao frio amargo.
Os Garous culparam seus irmãos mais velhos pelo Longo Inverno, e os acusaram de aliarem-se à Wyrm. Eles aprenderam a seguir e caçar Gurahl, e como queimar os corpos de seus inimigos de modo que eles não pudessem ser ressuscitados. A Grande Guerra da Fúria levou muitos Gurahl a perderem o controle da Fúria e, bem, muitos Garous morreram.
Mas os Garous saíram vitoriosos. Embora os Gurahl fossem fisicamente mais fortes e sua Fúria fosse mais destrutiva, os Garous eram mais espertos, viajando em bandos para lutarem juntos. Os solitários e pacíficos Gurahl tiveram pouca chance contra eles.
Logo os Gurahl leram os sinais e convocaram um segundo Grande Concílio. Desta vez, os Gurahl foram divididos. Muitos abandonaram seus corpos, morreram, e partiram para as Terras do Verão, onde arbustos cobertos de amoras e córregos cheios de peixes os esperavam. Apenas uns poucos ficaram para trás, na esperança de que seus irmãos mais novos mudassem. Desde aquela época, apenas alguns novos Gurahl têm nascido.
Devido aos seus poderes sobre a vida e a morte, os Gurahl são capazes de estender suas vidas para muito além de sua expectativa de vida normal. Fala-se ainda hoje da existência de Gurahls que lutaram na Guerra da Fúria.
Os Gurahl se estabeleceram na região norte da Grande Rússia, no nordeste do Pacífico, no gelo polar e nas montanhas dos Andes, Himalaia, e outras regiões remotas ao redor do mundo. Eles criaram domínios em locais que os Garou não podem alcançar. Hoje existem apenas uns poucos Gurahl remanescentes.
Cultura.
A cultura dos Gurahl é muito antiga, rica de formalidade e tradições. A maioria dos Gurahl se vêem como iguais, respeitando genuinamente uns aos outros. Apenas uns poucos Gurahl, que se relacionam ativamente com Garou ou outros homens-animais, não são tidos como merecedores de confiança ou respeito.
Tudo na cultura dos homens-ursos indica uma atenção para com a tradição: o dia de um Gurahl é cheio de rituais. Eles acordam todas as manhãs ao nascer do sol e agradecem formalmente a Gaia por mais outro dia de vida. Eles possuem rituais de agradecimento ao espírito da presa que mataram ou às árvores das quais colheram frutas. Eles possuem também um ritual de saudação que dura cinco minutos. Eles marcam o nascimento de cada Parente Gurahl com um ritual que confere se a criança possui essência Gurahl. Os Gurahl realizam rituais para dar boa-noite ao Sol, e saudar as Estrelas e a Lua antes de dormirem. Todos esses rituais mantêm os Gurahl ligados diretamente a Gaia.
Os Gurahl possuem uma forte tradição de hospitalidade e ajuda. Eles cuidam dos que passam necessidades ou sofrem dores, e freqüentemente conduzem os perdidos, famintos ou feridos aos seus esconderijos para alimentá-los e curá-los. Eles farão isto até mesmo pelos Garou, seus inimigos tradicionais (embora eles não prestam socorro aos maculados pela Wyrm). Muitos humanos têm sido salvos pelos Gurahl, tratados com o Ritual da Proibição, e liberados.
Organização.
Os homens-ursos são solitários por natureza, embora eles viajem de tempos em tempos para encontrar outros Gurahl e discutir assuntos. Eles não têm uma organização definida; qualquer indivíduo pode convocar um Grande Concílio de Ursos. Isto é feito apenas nas circunstâncias mais calamitosas.
Todos os Gurahl ainda vivos são anciões; há séculos que não nascem novos Gurahl. É possível que alguns Parentes Gurahl possam algum dia dar luz a um novo homem-urso, mas isso é improvável. Mas se isso vier a acontecer, será motivo de grande celebração entre os Gurahl remanescentes. Os Gurahl costumam usar mensageiros espirituais para se manterem em contato uns com os outros.
Totem.
O Urso é um grande Incarna, um Totem poderoso que os Gurahl encontram com regularidade. O Urso visita constantemente seus filhos em diversas formas, impondo-lhes sua hospitalidade e compartilhando com eles sabedoria e segredos. Ele cuida deles, e os guia. Alguns Gurahl passaram a adorar a constelação da Ursa Maior, com quem aprendem segredos de cura e profecia.
Linguagem.
Os Gurahl têm uma linguagem cheia de rugidos e sons que lhes permite comunicar-se. Eles realizam uma série de arranhões em árvores para deixar informações para seus irmãos e irmãs: alguns Parentes dos Gurahl são capazes de ler essas marcas.
Criação de Personagem.
Força de Vontade Inicial: 6
Antecedentes: 3, sem Recursos
Os Gurahl têm uma visão e audição fracas, mas seu olfato é incrivelmente aguçado. São criaturas grandes e volumosas, dotadas de força e vigor extraordinários. São excelentes nadadores e escaladores de árvores.
Raças.
Hominídeo: Existem poucos desses Gurahl, porque eles são uma espécie primitiva. Contudo, a maioria dos hominídeos Gurahl são pacíficos e místicos, tendendo a viver em áreas remotas onde vivem tranqüilamente, pescando em rios cheios de salmões e agindo como "vigilantes de parque" não oficiais ( e algumas vezes, oficiais).
Fúria Inicial: 3
Gnose Inicial: 5
Ursino: Os Gurahl ursinos são os mais antigos do povo Gurahl. Eles configuram a maior parte dos Gurahl remanescentes. A maioria dos Ursinos permanecem na forma urso pela maior parte de suas vidas. Contudo, há alguns que vivem em áreas nas quais caçadores de peles perseguem seu povo; esses permanecem em suas formas Hominídeas para deter os caçadores.
Fúria Inicial: 5
Gnose Inicial: 5
Não existem impuros Gurahl. Isto se deve à natureza ritual do acasalamento Gurahl, que exige a escolha cuidadosa de parceiros.
Formas.
Homenídea: O mesmo que em Lobisomem: O Apocalipse.
Todos os Gurahl são indivíduos grande e peludos que possuem um nível de corpo a mais que o normal. Suas vozes sempre são graves; mesmo as suas fêmeas costumam ser contraltos.
Glabro: Força +3, Vigor +3, Manipulação -1, Aparência -2. Dificuldade 7.
Nesta forma, o Gurahl torna-se maior e mais peludo, e anda um pouco curvado.
Crinos: Força +4, Destreza -1, Aparência 0, Manipulação -2, Percepção -1. Dificuldade 6.
O Crinos dos Gurahl pode chegar até a 4 metros (em alguns casos até 5) de altura. Garras do tamanho de adagas emergem de suas patas e seus braços enormes cheios de tendões e músculos. Um Gurahl nesta forma pode facilmente arrancar árvores do solo. Seus dentes são longos e afiados.
Hispo: Força +5, Vigor +4, Destreza -1, Aparência 0, Manipulação -2, Percepção -1. Dificuldade 7.
A forma Quase Urso assemelha-se muito com o urso pré-histórico. Nesta forma, a natureza animal dos Gurahl assume completamente, e o indivíduo tem mais dificuldades para pensar e reagir (+1 a +2 em todas as dificuldades para Ações Mentais).
Ursino: Força +2, Vigor +3, Destreza -1, Manipulação -3. Dificuldade 6.
Trata-se de um urso de tamanho normal, apropriado para a terra de origem do urso.
Fúria.
Os Gurahl não podem gastar Fúria para ganhar ações extras. Ao invés disso, eles obtêm dados extras de Força mediante o dispêndio de pontos de Fúria. Eles só podem gastar Fúria até o limite de sua Força. Eles não são muito rápidos, mas um golpe desferido por um Gurahl pode aniquilar um oponente. Os Gurahl readquirem Fúria da mesma forma que os Garou, mas eles são mais difíceis de serem enfurecidos e sua Fúria aumenta lentamente.
Augúrios.
Os augúrios dos Gurahl são diferentes dos augúrios dos lobisomens. Para um Gurahl, a idade determina o augúrio. Os jovens Gurahl são Sem Lua; logo que eles alcançam a maturidade, tornam-se Luas Cheias; daí em diante avançam para Lua Mingüante. Na velhice, finalmente alcançam a Lua Crescente. Alguns Gurahl amadurecem mais rápido que outros, não sendo raro para um Gurahl de apenas trinta anos alcançar o estágio Theurge. Depois que um Gurahl tiver alcançado um novo estágio, ele poderá obter os Dons desse augúrio, e poderá continuar adquirindo-os mesmo depois de entrar num novo estágio. Portanto, os Gurahl mais velhos normalmente possuem Dons representantes de todos os augúrios.
Posto
Os Gurahl possuem um sistema de postos semelhante ao dos Garou. Contudo, eles honram o Auxílio mais que a Glória. O Auxílio representa o dever de um Gurahl em curar e proteger Gaia e seus irmãos. Um Gurahl adquire renome de Auxílio por curar. A Honra e a Sabedoria são tão honradas entre os Gurahl quanto o são entre os Garou, talvez mais ainda.
Dons.
Os Garous originalmente receberam os Dons Toque da Mãe, Sentir a Wyrm, Faro para a Forma Verdadeira, entre outros dos Gurahl. Os Gurahl conhecem muitos Dons Garous, mas raramente os usam. Os ursos são naturalmente sábios e ritualistas. Eles conhecem praticamente todos os dons de Raça e Augúrio dos Garous.
Rituais
Os Gurahl possuem o Ritual de Abertura do Caern, Passagem, Purificação e Criação de Caern; todos os rituais Garou que os ursos originaram. Muitos Gurahl criam ocasionalmente novos rituais, e alguns conseguiram dominar a habilidade de improvisar rituais através de sua compreensão de Gaia.
Ritual de Rompimento da Película (Nível 1) - Os Gurahl são tão unidos à terra que eles consideram difícil entrar na Umbra. Para caminhar através do mundo espiritual, eles precisam realizar este ritual especial. Os Gurahl gastam um ponto de Gnose e testam Carisma + Ritos contra a dificuldade da Película na área. Utilize a tabela "Percorrer Atalhos" de Lobisomem para determinar quanto tempo isso demanda. Mudando para a forma Crinos, o Gurahl rompe a película, e abre um buraco físico no mundo espiritual, através do qual ele pode passar. O buraco fecha imediatamente.
Ritual dos Ventos Curativos (Nível 2) - Este ritual requer o comparecimento de um Chinook, um espírito do Vento Norte. Os Gurahl são capazes de canalizar o poder do Chinook para purificar a terra. A purificação desintoxica venenos na água, ar, plantas e animais. O espírito Chinook também abaixa a temperatura local para cerca de 10 graus, mas apenas uma vez por dia, de modo que os danos duradouros são raros. Os Gurahl polares regularmente invocam e aprisionam espíritos Chinook, e em seguida os enviam aos seus irmãos e irmãs para ajudar na purificação de diversas partes do mundo. Para que o ritual seja bem-sucedido, é preciso um teste de Manipulação + Ritos. Uma área muito poluída requerirá um número de dificuldade 8 ou 9. Ocasionalmente, o Chinook é derrotado por um Maldito flutuando na Umbra, e o Ritual falha.
Ritual do Presságio do Rio (Nível 2) - Neste Ritual, o Gurahl pega um peixe numa cascata com sua garra, abre-o ao meio e lê as profecias em suas entranhas. Através deste ritual, um Gurahl pode obter informações sobre si mesmo, o presente e o futuro. É preciso um teste de Inteligência + Enigmas (dificuldade 8) para se determinar a profundidade e a clareza do presságio.
Ritual Encontrar do Depósito Antigo (Nível 3) - Muitos dos maiores segredos e tesouros dos Gurahl são trancados em depósitos escondidos no subsolo, protegidos por espíritos poderosos ou por anciões Gurahl em estado hibernação, enterrados com eles. O ritual permite a um Gurahl na vizinhança de um depósito antigo descobrir a passagem que dá acesso a ele. Para se obter um sentido geral de onde a entrada se encontra, é necessário testar Raciocínio + Enigmas (dificuldade 8; 7 sucessos devem ser acumulados para que a entrada seja localizada com exatidão. Este ritual pode ser realizado diversas vezes, à medida que o Gurahl gradualmente se aproxima da entrada). As passagens para os depósitos costumam ser trancadas com fechaduras complicadas que só podem ser abertas mediante a resolução de um enigma.
Ritual da Terra Pura (Nível 3) - Este ritual purifica a terra na área local, destrói completamente qualquer presença da Wyrm, e reconecta a terra com a força vital curativa de Gaia. Trata-se de um ritual bem mais poderoso que o Ritual da Purificação. O ritualista que empregar este ritual precisará sangrar numa cuia de água pura e sal. A poção resultante é borrifada sobre a área a ser purificada (seja a mão ou mediante o uso de um espírito do ar) e o ritual se conclui com o ritualista emitindo um rugido poderoso. O ritualista recebe três níveis de ferimentos durante o curso deste ritual. Além disso, ele precisará gastar três pontos de Gnose. A terra purificada não é impedida de vir a ser infectada futuramente pela Wyrm, e será corrompida novamente se não for protegida.
Ritual da Proibição (Nível 4) - Os Gurahl possuem muitos segredos, que eles protegem com este ritual. O Ritual da Proibição impede o indivíduo alvo de pronunciar um segredo (pré definido no início do ritual). Na verdade, embora o indivíduo possa recordar o segredo, não há forma de uma força externa compelir a pessoa a passar a informação. O Ritual é tão poderoso que, mesmo se uma pessoa for de algum modo forçada a falar o segredo, o próprio ritual apagará a informação da mente da pessoa. Ele costuma ser praticado naqueles Gurahl que estejam se preparando para conviver com forasteiros, de modo que o vasto conhecimento que eles detêm não seja disseminado.
Este Ritual é doloroso para o ritualista, dado que a natureza do Gurahl é aprender e ensinar. Ainda assim, este ritual é necessário, especialmente num mundo em que alguns Garous caçam os segredos dos Gurahl. Este ritual pode ser aplicado em humanos, Garou ou mesmo em Membros (vampiros).
Ritual do Sono Longo (Nível 5) - Este ritual permite ao Gurahl colocar uma pessoa num estado de animação suspensa, durante o qual essa pessoa não envelhecerá, comerá, beberá ou precisará de muito oxigênio. As pessoas que estejam Incapacitadas permanecerão vivas enquanto estiverem sob o efeito deste ritual, com seus espíritos aprisionados na região. O Ritual do Sono Longo têm sido usado em Garous e humanos com o mesmo sucesso obtido nos Gurahl. O Gurahl testa Manipulação + Ritos contra Vigor + Sobrevivência do alvo. O alvo pode concordar com o ritual: isto reduz a dificuldade em três. Um Gurahl pode realizar este ritual nele mesmo. O Ritual do Sono Longo pode colocar os vampiros em torpor.
O Ritual deve ser realizado com uma condição relacionada à passagem da lua ou do sol, como "Acorde depois que a Lua fique cheia por 13 vezes" ou "Não acorde antes que tenham se passado 20 anos". O número de sucessos deve ser usado pelo Narrador para determinar quanto tempo o ritual realmente dura: um ritual com apenas um sucesso não pode durar os desejados 20 anos. Este ritual requer o sacrifício de um ponto permanente de Gnose.
Ritual da Luta contra o Urso da Morte (Nível 5) - Com este ritual, um Gurahl pode reviver uma pessoa recentemente assassinada. O Gurahl precisa lutar contra o Urso da Morte, um Incarna poderoso que guarda o espírito do falecido. Se o Gurahl puder derrotar o Urso da Morte, lhe será permitido resgatar o espírito e devolvê-lo ao seu corpo.
A ferocidade do Urso da Morte deve depender da força do ritualista. Se o Gurahl morrer enquanto estiver lutando contra o Urso da Morte, haverá uma grande possibilidade de o Urso da Morte capturar o espírito do ritualista, deixando o espírito do falecido retornar ao seu corpo ou vagar pela Umbra. No passado, alguns Gurahl fizeram pactos com o Urso da Morte, que lhes permitiu ressuscitar companheiros mortos simplesmente colocando seus corpos no solo de Gaia. Muitos desses pactos foram quebrados ou esquecidos, e agora os Gurahl só podem ressuscitar os mortos através de uma batalha feroz contra o Urso da Morte.F.P.Wikepédia.
As tribos.
A tribo do Garou, determina sua força de vontade. Cada tribo tem seu esteriótipo; a tribo se adequa ao tipo de Garou (se ele é bem do tipo urbano ele seria ou um Roedor de Ossso ou um Andarilho do Asfalto, já se ele fosse um índio americano, seria ou Uktena ou Wendigo). São 13 as tribos dos Garou:
Fúrias Negras - Essa tribo de fêmeas gregas, não admite nenhum homem dentro de sua política tribal. Normalmente, os filhotes Garou que nascem homens, quando têm sua primeira transformação, são dados para serem criados pelos Filhos de Gaia. São grandes guerreiras e defendem o Impergium até hoje, mesmo muito tempo depois dele ter acabado. São conhecidas por não terem muiita paciência com seus adversarios, principalmente os mais fracos.
Roedores de Ossos - Os Roedores de Ossos, para muitos são a escória dos Garou. Essa tribo é quase totalmente composta de mendigos e cães vira-latas, que prezam muito qualquer tipo de tranqueira. Sua política tribal é muito interessante e os de posto mais baixo respeitam muito os de posto mais alto. Vivem nos lixões e embaixo de pontes.
Filhos de Gaia - Eles são os pacifistas. Defendiam o fim do Impergium com unhas e dentes (HEHEHE...), para eles é sempre bom particiar de uma boa briga, mas só para dar um fim a ela e depois um grande discurso e lição de moral. Alguns esquentadinhos como os Crias de Fenris, acham que toda essa paz é a emanação da Wyrm de dentro dos Filhos de Gaia para os outros Garou.
Fianna - Esses bardos celtas, são os grandes artistas de Gaia. A maior parte da cultura, lendas, glifos e histórias foram criadas por esses Garou. Não se espantem ao ver um homem bêbado nos "pubs" ingleses falando "besteiras" sobre criaturas sobrenaturais, que são meio homem, meio lobo. Suas assembléias são entoadas com belos e prolongados uivos, e uma boa fogueira, aonde todos se sentam em volta e ouvem histórias de heróis épicos e seus feitos, tudo falado por um Galliard e regado a cerveja.
Cria de Fenris - Violência, guerra, briga e sangüinolência. Palavras presentes no dia-a-dia desses guerreiros Garou dos países nórdicos. Tudo resume-se em luta; até um ancião Theurge vai se preocupar em prever o resultado de um duelo de Klaives. Os Arhoun, obviamente são na maioria das vezes os Alfas das seitas e campos. "Você é um oponente valoroso! Providenciarei um requiém em sua homenagem e vestirei sua pele com orgulho!."
Andarilhos do Asfalto - Computadores, tecnologia, Weaver. São os hackers, caçadores de recompensa, detetives e policiais que compõe esta tribo das cidades. Não têm quase nenhuma afinidade com as paisagens campestres (Wyld). São muitas vezes os pesadelos dos programadores da Pentex, os quais quebram a cabeça para descobrir como se proteger dos crakers. Esta é a tribo que os Garras Vermelhas mais odeiam.
Garras Vermelhas - Natureza, Wyld, lobos correndo livres pelas belas pradarias. Composta totalmente por Garou lupinos, essa tribo está acabando por causa da disseminação da humanidade. O ódio pela Weaver, move o sentimento de raiva pelos Andarilhos, os quais seus sangue enfraquece pois quase não crusarem com lupinos. Eles pretendem acabar com a festa desses "avançadinhos".
Senhores da Sombra - Esses Garou manipuladores, vivem e morrem por sua honra. Não suportam os Filhos de Gaia, que para eles é a própria emanação da Wyrm direto do seio da mãe Gaia. Os Senhores também uma grande rivalidade com os Presas de Prata; que para eles são uma tribo decaída e nos seus últimos suspiros e agora são os Senhores da Sombra quem devem "comandar" todos os Garou.
Peregrinos Silenciosos - Essa grande tribo, é composta por Garou misteriosos e solitários. Proveniente do Egito, suas formas Crinos, Hispo e Lupino, são mais parecidos com chacais do que lobos propriamente. Essa tribo é grande rival do clã de vampiros Seguidores de Set (que são liderados pelo próprio deus egípcio Set). Sua maior particularidade é quase não participarem de matilhas e quando fazem parte de uma, têm grandes dificuldades de relacionamento.
Presas de Prata - Os Uivadores Brancos caíram diante da Wyrm. Cabe agora aos Presas, substituí-los como guia dos Garou, eles se auto-intitulam. Algumas vezes arrogantes, os Presas de Prata, quase não tem campos, e lutam brvamente pelo reconhecimento de sua nobreza e lealdade aos Garou principalmente com os Senhores das Sombras que tentam tirar o lugar dos Presas.
Portadores da Luz Interior - Sempre preocupados com questões espirituais, mentais, que anvolvam a mais profunda ligação com Gaia. Os Portadores tiveram seu maior caern destruído; agentes da Wyrm disfarçados de soldados chineses tomaram poder deste lugar sagrado. Nem os mais poderosos mestres Kailindorani (quem prática o Kailindô; a arte marcial dos Garou que é baseada nas trilhas etéreas que foi criada pelos Portadores da Luz) puderam deter todos os agentes. Muitos bravos Garou caíram diante da Wyrm para retardar a horda invasora para que os grandes monges pudessem salvar os mais valiosos fetiches.
Uktena - Os Croatan caíram, resta agora aos Uktena que não são mais totalmente puros, usar seus poderes "mágicos" para derrotar a Wyrm. Os Uktena não confiam mais na pureza dos Wendigo; seus amigos guerreiros também não se relacionam bem com os Uktena. Os Uktena têm grandes xamãs que são muito poderosos. Grandes viajantes da Umbra, os Uktena foram os principais responsáveis pela cadeia de Caerns que aprisionou muitos espíritos da Wyrm.
Wendigo - Esses grandes Garou guerreiros, que são parentes dos indíos norte-americanos como os Uktena, são muito ligados a suas terras natais. Nenhuma outra tribo é tão ligada ao seu lugar de origem como os Wendigo, eles protegem essas terras sagradas com todas as suas forças. São tão ferozes quando estão em guerra como são sábios e ótimos curandeiros. Também mantêm uma grande rivalidade com os Cria de Fenris, que acham que toda essa pureza vai acabar ruindo logo diante da Wyrm.
Augúrios.
O augúrio do Garou, determina a fase da lua a qual ele nasceu (o tipo de lua estava no céu naquele dia em que o Garou foi concebido).
O augúrio também determina o temperamento do Garou de acordo com sua fúria. Existem 5 tipos de augúrio e eles são:
Ragabash: A Lua Nova; Trapaceiro - Como o próprio nome já diz, um Ragabash não só mostra que o rei está nú, ele empurra o idiota pretencioso numa poça de lama como lição para os futúros "reis". Os Garou toleram os trapaceiros mas não confiam realmente neles.
Theurge: Lua Crecente; Vidente - Os Theurge são os guias tribais. À luz pálida de Luna os Theurges espiam a escuridão dos mistérios interiores e exteriores. Esses videntes são os planejadores, pensadores, sacerdotes e visionários das tribos.
Philodox: Meia-Lua; Guardião dos Caminhos - Esses são os juízes, os mediadores das tribos. É para eles quem os Garou pedem conselhos (quando não são sobre quetões espirituais, que é assunto para Theurges). Durante os tempos comparativamente pacíficos são os Filodox quem comandam os Garou. Os Philodox representam as melhores qualidades dos Garou, porém seu equilíbrio interno pode significar sua ruína
Galliard: Lua Minguante; Dançarinos da Lua - À medida que Luna fica prenha de Fúria, ela estimula o Dançarino da Lua a entoar suas canções de batalha e glórias passadas. Atenendo o chamado, o Galliard eleva sua voz contra a noite, convocando inspiração e fortuna com seu uivo claro e perfeito.
Ahroun: Lua Cheia; Guerreiro - O Ahroun é o veículo da Fúria de Luna, as garras da ira de Gaia. Sangue, glória e heroísmo são palavras constantes no dia-a-dia dessas máquinas de matar. Fazem os duelos de Klaives mais incríveis que se pode imaginar com golpes precisos e poderosos.F.P.Wikepédia.
Dons.
Há milênios, os Garou estão em contato com o mundo espiritual. Com isso eles aprenderam muitos de seus segredos, e dentre eles, os Dons. Os Dons são os "poderes" que os espíritos ensinam para os Garou.
Os Dons estão divididos em Dons de raça, augúrio e tribo. Os Dons vão do Nível Um ao Cinco, e quanto maior o nível, mais poderoso é o Dom. Na montagem do personagem, o lobisomem pode escolher três Dons iniciais de Nível Um: um em relação à raça, outro em relação ao augúrio e outro à tribo.
Os Dons são comprados com pontos de experiência durante o jogo, mas para possuir um Dons é necessário que o Garou seja de um Posto igual ou maior ao nível do Dom.
É possível que um Garou aprenda Dons de outras tribos, raça ou augúrio. Basta encontrar um espírito que o ensine, e o custo em esperiência varia.
Rituais
Os rituais contituem os ritos e celebrações dos Garou. A prática de rituais, cria ou fortalecem os laços entre os Garou e à Gaia. Dizem que se os Garou parassem de praticar seus rituais, eles perderiam sua real natureza e se tornariam simples lobos e humanos. Os rituais também possibilitam às tribos e matilhas a definirem seus papéis na luta para defenderem Gaia.
Os Garou podem aprender qualquer tipo de rituais, desde que eles encontrem alguém que lhes ensinem, embora os augúrios possam influenciar na aprendizagem.
Fetiches
Os Fetiches são as armas mais poderosas dos Garou. Mas eles não se tratam apenas de objetos mágicos, e sim símbolos místicos do mundo espiritual.
Para um Fetiche ser criado, o Garou deve procurar um espírito com os aspectos apropriados, e convencê-lo a entrar no objeto. Lá o espírito ficaria num estado de dormência, e assim permaneceria até que o objeto fosse destruído ou que o Garou quebrasse o pacto.
Embora a maioria dos espíritos gostem da idéia de ajudar Gaia, alguns mostram alguma resistência. Isso acarreta um certo contratempo para o Garou. O Garou terá que gastar mais tempo convencendo o espírito, o que traz uma ótima oportunidade de interpretação.
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