sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A RODA DO ANO CELTA.


Consta da tradição e celebração Celta que - no exato momento em que os raios do Sol se enfraquecem e diminuem a intensidade, sempre , ao cair da tarde - está na hora de um novo momento. Seria a reciclagem espiritual para o ungir e a preparação, agradecimento ao Senhor dos Astros, ao Pai Celestial, à Deusa, para o nascer e fluir de mais um milagre contínuo , um novo dia que se principia?
Os celtas apesar da sua origem pagã, porém de fé inabalável em um Pai Maior ou um Ser Celestial Superior, no caso a Deusa, irreparavelmente celebravam o começo dos dias da Roda da Vida, através do anoitecer. Na realidade, eles lembravam e reverenciavam a Deusa. Os mistérios e a magia da Natureza como, por exemplo, o surgimento da Lua, das novas emoções, das novas intuições, adormecidas...
No ponto de vista Celta, no momento do anoitecer, os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho. Mas, os sacerdotes e sacerdotisas não seguem á regra, trabalham na confecção de uma Alvorada Perfeita. Deus, segundo os celtas, também descansa durante a escuridão. Mas, em momento algum se afasta e continua próximo aos seus filhos. O Sopro Divino é inconsciente, é intuitivo para um novo brilhar, para a perfeição de todos os dias de um novo amanhecer.
As ondas do mar são assim, incessantes, no vai-e-vem celestial e etério. E o acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer, completam as engrenagens da Roda da Vida Celta, interação, Unicidade, Equilíbrio entre dia e noite, anoitecer e amanhecer, segundos preciosos e de intensa comunhão entre os seres vivos, espirituais e de luzes que habitam o Universo, vivem no coração da Floresta da Deusa.
OsCeltas tinham a Intuição Celestial à flor da pele. Sabiam que é realmente preciso ATIVAR as duas polaridades. Harmonia e Paz devem estar em perfeita sintonia. Só assim a Natureza poderá se manter em equilíbrio. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada.
Portanto nas escrituras celtas: homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir e gerar os magnânimos momentos de intensa união e perfeição.
E voltamos assim a eterna Roda da Vida, suave, frágil, mas de fios sustentáveis e indistrutíveis, movendo os momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia.
A magia está em nós, no Universo e a um passo daqueles que verdadeiramente acreditam no poder das magias.
Os Celtas sempre vivenciaram os momentos como se fossem eternos, cada segundo uma vida, cada vida um segundo mágico da Existência. E na Roda da Vida sempre houve a presença de pontos de intercalação até mesmo no real e no linear:
Assim os quatro momentos principais durante o ciclo de 24 horas seriam: 6 da manhã, meio-dia, seis da tarde e meia noite E nesta ação conjunta, haveriam pontos secundários, também de suma importância para o contexto: 9 da manhã, 3 da tarde, 9 da noite e 3 horas da madrugada.
Apesar de pagãos, os Celtas tinham a Intuição extremamente aguçada... sabiam de uma forma ou de outra que o universo é simetria, é perfeição. Tudo, absolutamente tudo que brilha e vive no Cosmos tem correspondência e equivalência no Microcosmos. E, muitas vezes, necessariamente, é preciso entender o Micro, o Pequeno para poder alcançar e sentir a importância do grande do Macro.
Desse modo, para os Celtas ficou claro e patente que era mais fácil compreender os Mistérios do Universo através dos pequenos momentos, pequenos detalhes, às vezes até impercebíveis e imperceptíveis, que compreendem a extensão ciclíca do dia-a-dia. Então... a partícula se faria Luz, na real noção da partícula por partícula dos grandes momentos.
Os Celtas acreditavam, também, nos Eixos Meridianos dos quatro momentos do dia ( no fluir mágico das 24 horas, pontos vitais, e na importância dos quatro pontos secundários, na formação completa do Equilíbrio) .

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