segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vampiro: O Réquiem.


Foi o primeiro suplemento que permitiu que os jogadores interpretassem criaturas sobrenaturais dentro do cenário da linha Mundo das Trevas. O livro conta com 304 páginas e uma belíssima arte interna em tons de vermelho e cinza. O livro foi estruturado da seguinte forma:

* Prólogo: A Dança dos Mortos
* Introdução
* Capítulo 1: A sociedade dos amaldiçoados
* Capítulo 2: Personagens
* Capítulo 3: Regras especiais e sistemas
* Capítulo 4: Narrativa e antagonistas
* Apêndice 1: Linhagens e Disciplinas únicas
* Apêndice 2: Nova Orleans
* Epilogo: Notas e piano

"Um monstro eu devo me tornar para um monstro não ser”. A idéia central de Vampiro: o Réquiem é um resgate das origens do conceito original imaginado por Mark Hein Hagen, criador dos jogos da antiga linha do Mundo das Trevas. Um vampiro é uma criatura atormentada, nem viva nem morta, mas que ainda assim caminha noite após noite em sua busca incessante por sangue humano — um ser dividido entre uma humanidade degenerada e uma besta sedenta pela única coisa que lhe importa, sangue vivo. Essa dicotomia é a pedra fundamental de um jogo que envolve temas adultos como a uma ampla (e polêmica) discussão sobre moralidade e sociedade, afim de entendermos um pouco mais o mundo que nos cerca e a nós mesmos.

Nesse conceito proposto pelos autores, temos uma priorização para as temáticas mais profundas, como religião, transcêndencia e até mesmo posicionamentos políticos em consequência de intrigas focadas em clãs e coalizões, direcionando mais e mais o jogo para uma linha de horror pesssoal, ponto marcante de qualquer cenário voltado para o público adulto.

Com base nesse conceito, o clima oferecido pelos autores corresponde a esse sentimendo de perda. Horrores mais e mais terríveis se escondem nas sombras e bestas tão ou mais aterradoras que as dos amaldiçoados espreitam por toda parte. Um clima paranóico e cheio de negociações duvidosas e segredos compartilhados na escuridão é o alicerce de qualquer crônica envolvendo esses mortos-vivos. Existe uma grande ênfase no clima do jogo, ideal para se saborear todo o potencial do cenário, criando uma história complexa e única.

A sociedade dos amaldiçoados é o primeiro contato com o mundos dos mortos-vivos que nos é apresentado nos capítulos que compõe o livro. Explicações sobre o Réquiem e o seu significado, a Dança Macabra, suas melodias de intrigas eternas orquestradas pelos mais velhos e os motivos de se trazer alguém para a noite eterna são mostrados aqui.

No capítulo introdutório, as informações contidas nas primeiras páginas apresentam os territórios, cargos e coalizões explicadas em profundidade, situando os jogadores no mundo sombrio e sangrento dos ”Membros“ (Alcunha pelo qual os vampiros se chamam).

Os pontos mais interessantes de serem ressaltados no primeiro capítulo são as informações referentes à natureza da maldição vampirica. Um exemplo disso é a ”Pequena Morte“ chamada Torpor, onde o vampiro entra em um estado de hibernação similar a um coma induzido. Nele, o vampiro se esquece de muito do que lhe ocorreu quando estava desperto e sofre pesadelos horríveis enquanto permanecer nesse estado.

Outro item é o poder viciante que o Vitae (sangue vampirico) tem sobre todos aqueles que o bebem, sejam eles vampiros ou não. Trata-se de um vício tão grande quanto o do ópio, a mais viciante das drogas.

Ainda nesse contexto, é explicada a própria Mácula do Predador, um sentimento de ódio ou medo provocado pela presença de um vampiro desconhecido — similar ao de um predador invasor assaltando o território do membro — uma forma de identificação para aqueles ”do sangue“.

Mesmo sendo criaturas solitárias, os amaldiçoados sentem a necessidade de contato com seus pares já que a besta interior manterá todos eles distantes dos mortais para sempre. Com base nisso, os vampiros criaram (tanto por necessidade quanto comodidade) as chamadas ”Coalizões“. As coalizões são organizações sociais que funcionam como pequenas seitas ou sindicatos. Seus membros se juntam às suas fileiras baseados na convergência ideológica de filosofias semelhantes, normalmente trazidas de seus dias como mortais — quase como uma lembrança que nem tudo dos dias de luz foi perdido quando o monstro da noite que é o vampiro emergiu de dentro de cada um deles.

As cinco grandes coalizões (com informações sobre seus membros, filosofias e rituais) são as seguintes:

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