contos sol e lua

contos sol e lua

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um lamento de miséria.

Eu sou o mais sozinho
o dono da melancolia nebulosa
Eu sou o marinheiro
num mar de gritos
esperando na areia
o retorno dos seus encantadores olhos brilhantes
mas eu estou chorando e morrendo
eternamente mentiroso
Debaixo de um temporal
uma sepultura de flores negras
Buraco...
na minha alma

As lágrimas em meu rosto
a chuva num lugar triste
minha alma está se ajoelhando
a maré traz os sentimentos
Eu poderia viver um sonho
onde seu espírito chama nos mares altos
Oh! Minha amada, eu estou sozinho
O tempo passa tão devagar
Eu carrego meu coração
com a dor do desespero
Tristeza...
na costa

Vem da briza
dos mares
as ondas cantam
a doce música em sua memória
nas profundezas
da minha alma
onde as sereias
do oceano
trazem o silêncio
Eu choro

Em meus olhos
há um lamento de miséria
Em meu suspiro
uma escura miséria
Então eu morro
Oh! meu amor

Eu estou sonhando, escuridão envolta
Eu estou velejando na ferida do barco
Anjos gritando
na neblina junto ao mar

(Silencioso, obscuro, loucura das sereias
amando, felicidade, tristeza morrendo
sonhando profundo, sentindo, tristeza
esperando, sombras, olhando, medo
Os anjos estão chorando por mim)

Oh! espelho prateado
seu custo foi um erro
Eu morro arruinado
minha sentença foi dita
Mas na fria espuma
ficam esperanças da minha alma imortal
No crepúsculo o céu queima
e não há retorno
somente minha razão
para viver nesta prisão
Esperando...
na costa.
Dark Moor.

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