quinta-feira, 19 de novembro de 2009
O Segredo da vida.
Junte-se a especulação dos filósofos gregos à técnica aprimorada de embalsamamento de corpos do Egito e o resultado disso é o nascimento secreto de toda a alquimia, que séculos mais tarde se desenvolveria em meio aos árabes, para retornar ampliada à Europa renascentista.
No Egito, eram os sacerdotes de Anúbis os mais experientes na arte do embalsamamento. Por volta do ano 1000 a.C. a prática atingiu seu auge. A mumificação era realizada nas oficinas das necrópoles, e sacerdotes do mais alto grau detinham seus segredos. A casta religiosa conhecia ainda a técnica dos artesãos ferreiros, e trabalhar a riqueza, os metais, era uma de suas obrigações. Fabricavam ligas por métodos alquímicos assimilados dos sumérios e depois dos babilônios.
Podemos assim notar que gregos e egípcios deram-se as mãos na busca pelo segredo último da vida, o mesmo capaz de revelar a senha da imortalidade, já que toda religião egí–pcia nada mais era do que uma preparação para o ritual da morte. Afinal, desconfiavam que a mesma essência capaz de manter o corpo vivo pudesse sobreviver à derradeira experiência e ressuscitar sob algum aspecto. Tais idéias repercutiram mais fortemente quando da helenização sofrida pelos egípcios a partir das conquistas de Alexandre. Por essa época, paradoxalmente, diminuíra o ritmo da prática da mumificação, mas em suas bases já se enraizava o anseio e a esperança de vencer a morte. Tais sentimentos foram projetados sobretudo na alquimia, que se fortaleceria pelos séculos seguintes. Por isso dizemos que a alquimia, em sua práxis, alia a filosofia dos gregos à sagrada técnica de mumificação dos egípcios.
O método de mumificação demorava inicialmente 70 dias, na verdade dez períodos de sete, cada um deles dedicado a seu respectivo planeta. A parte mais importante era a desidratação do corpo. Para tanto, mergulhavam-no numa solução de natrão. Este era trazido principalmente do oásis Uadi el-Natrun, situado próximo ao delta, a noroeste do Cairo. A palavra natrun compõe-se do mesmo radical do termo latino natrium, ambos a significar o sódio, o sal da Terra, de onde vem a palavra natura, que quer dizer natureza. Além disso, o hieróglifo com que se escreve “sódio”, curiosamente, é o mesmo que significa Deus.R.Planeta.
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