terça-feira, 29 de maio de 2012

Profeta persa, fundador do zoroastrismo.Zoroastro.


Nos dias atuais, depois de estudos lingüísticos e comparações de textos antigos, a maior parte dos pesquisadores chegou à conclusão que Zoroastro deve ter nascido por volta do ano 630 a.C. em Báctria, região da Ásia central ao norte do atual Afeganistão.

Mas não existem registros históricos da data de nascimento e dos locais em que Zoroastro viveu.

Um dos motivos foi sua seita ter sido "apagada" pela conquista do Império Persa por Alexandre, o Grande, e depois, pelos árabes.

Essa região era imensa: num mapa atual ela incluiria, no mínimo, o Irã, o Iraque, o Afeganistão, o Uzbequistão, o Quirguistão, o Turcomenistão, parte do Paquistão e o noroeste da Índia.

Quando os árabes conquistaram a Pérsia e difundiram o islamismo, a religião de Zoroastro, que ali existia desde antes dos persas formarem um império, desapareceu. Há menções a ela nos contos das "Mil e Uma Noites", uma coletânea de histórias passadas de geração em geração na tradição oral e mais tarde transformada em livro.

Ali se pode ler sobre os magos (magi), os adoradores do fogo. Eram considerados ilegais pelos árabes, pois estes admitiam apenas sua própria religião, muçulmana.

Dessa forma, Zaratustra ou Zoroastro passou à história como um profeta cuja doutrina foi superada. No entanto, estudiosos afirmam que muitos dos princípios teológicos das religiões modernas, como a separação entre o bem e o mal, já haviam sido delineadas por Zaratustra, 600 anos antes de Cristo e 1.200 anos antes de Maomé.

Os ensinamentos de Zaratustra só foram registrados depois de sua morte - a única exceção é o Gatha, livro de hinos que teria sido escrito por ele. O nome Zaratustra significa "homem dos velhos camelos". Seu pai se chamava Porushaspa, cuja tradução é "aquele dos cavalos de raça com patas anteriores brancas" e deve ter sido um sacerdote, de um clã de criadores de animais - assim está escrito no Avesta, o livro sagrado dos ensinamentos de Zaratustra.

Destinado, ainda bem jovem, a seguir as pegadas do pai e a se tornar também um sacerdote, o rapaz não concordou. Aos 20 anos ele abandonou sua terra e partiu em peregrinações. O Avesta (e aí começa a lenda) conta que ele se encontrou com um anjo e teve uma visão. Viu a luta cósmica entre as forças do bem e as do mal, da ressurreição dos mortos no dia do juízo final e da vida após a morte no paraíso ou no inferno.

Depois disso, Zaratustra passou anos meditando antes de começar a pregar em Báctria. No zoroastrismo, Ormuz Mazda ou Ahura Mazda, era o deus do bem, criador do universo e a encarnação da justiça; Arimã era o senhor do mal, das sombras e da morte. Acreditava-se que essa luta entre o bem e o mal iria durar até o final dos tempos. O deus Mazda era adorado sob a forma de fogo em altares ao ar livre.

As pessoas o escutavam sem muito interesse, e ele sofria dura oposição dos sacerdotes e dos nobres. Conseguiu poucos seguidores que o acompanharam em suas viagens para divulgar seus ensinamentos. Foi para Corasmia, um imenso reino que se estendia do mar de Aral até o Golfo Pérsico: Samarcanda e Bukhara (no atual Uzbequistão), Kandahar e Cabul (no atual Afeganistão) eram algumas de suas cidades mais famosas.

O xá (rei) Vistapia gostou das idéias de Zaratustra e se converteu à nova fé. Foi um sucesso decisivo. O profeta pôde iniciar sua obra e fez construir, diante das portas da capital, o Templo do Fogo. No altar ao ar livre, os sacerdotes cantavam hinos e doutrinavam as pessoas. Não era mais necessário sacrificar animais para conseguir a graça divina. Bastava ser honesto e trabalhador.

Mas logo os sacerdotes começaram a se rebelar: queriam voltar à antiga religião. Começou uma grande guerra em que Vistapa foi morto e Zaratustra perdeu seu protetor. No combate final, o profeta foi surrado com bastões e não resistiu aos ferimentos: já tinha mais de 77 anos.

Segundo a lenda, a doutrina de Zaratustra havia sido escrita com tinta de ouro em 12 mil couros de boi e estava guardada na biblioteca real de Persépolis, que foi totalmente queimada pelos soldados de Alexandre, o Grande, 200 anos depois.
f.p.wikepédia.

PAI - NOSSO - ARAMAICO.




(Está escrita em aramaico, numa pedra branca de mármore, em Jerusalém, Palestina, no Monte das Oliveiras, na forma que era invocada pelo Mestre Jesus.)

Abvum d'bashmáia
Pai-Mãe, respiração da Vida,
Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos !
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós
Para que possamos torná-la útil.

Netcádash shimóch
Ajude-nos a seguir nosso caminho
Respirando apenas o sentimento que emana do Senhor.

Tetê malcutách
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu,
para que caminhemos com todas as outras criaturas.

Nehuê tcevianách aicana d'bashimáia af b'arha
Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz,
assim como em todas as formas, em toda existência individual,
assim como em todas as comunidades.

Hôvlan lácma d'suncanán iaomána
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós,
pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.

Uashbocan háubein uahtehín aicána dáf quinan shbuocán l'haiabéin
Não permita que a superficialidade e a
aparência das coisas do mundo nos iluda,
E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.

Uêla tahlan l'nesiúna êla patssan min bíxa
Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento
de que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo,
a Canção que se renova de tempos em tempos
e que a tudo embeleza.

Metúl diláhie malcutá uaháila uateshbúcta l'ahlám almín
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.

Ameyn !!!
Amém !!! ( Que assim seja !!! )

A HISTÓRIA DE AISHÁ.



O Cósmico dotou nossa mente de uma fértil imaginação, que é tanto maior quanto maior for a nossa inteligência. Com a imaginação, podemos viajar no tempo e no espaço se as estreitas limitações no mundo material, no qual, vivemos num fastidioso cotidiano. Para este, trazemos os enfeites pictóricos das mais variadas cromias encontradas nas imagens, também formadas pela imaginação daqueles que, num passado longínquo, desejosos de enriquecer as mensagens que devemos atravessar os milênios e chegarem até nossos dias – a salvo das garras felinas da ignorância – legaram para nós, cunhadas na pedra, criptografadas em papiros ou sonorizadas pela palavra , as lendas que hoje constituem um acervo de sabedoria, que é o SÍMBOLO.

O iniciado, valendo-se desse dom que imaginação lhe proporcionou, pode escutar, com o devido cuidado, o distante susurro de nossos antigos sábios, transmitindo as verdades eternas.

Esta imaginação não é pura fantasia, mas a arte de criar imagens e trazê-las |à realidade. Tudo o que podeis ver, tanto no mundo de hoje como no passado, foi antes imaginado na mente daqueles que o projetou.

A história de Aishá, sois vós na eternidade...Nela estão narrados todo o drama e toda a glória de vosso Ser...encenados no pensamento do Universo...


“No princípio, criou Deus o céu e a Terra. A terra, porém, estava vazia nua; e as trevas cobriam a face do abismo; e o espírito de Deus era levado por cima das águas...”
Disse deus: “Faça-se a Luz”...a Luz que deveria refletir a criação, a Alma do universo – Aishá – a alma do Homem.
Escutai o cântico do mistério...a vossa história, vivida no pensamento de Deus.
Vou contar-vos uma história.
Dentro das imagens que possam encontrar dimensões em vossa compreensão.
Esta história é simples, mas encerra, em seu contexto, um profundo significado que, espero, consiga unir-nos neste encontro de amor".


- Era uma vez uma alma que habitava o Divino Éter: pura como uma columba – sem a consciência de si mesma.
Sua morada chamava-se “Shamain” e seu nome era Aishá.
Faltava-lhe um atributo: a compreensão.
Um dia pôde contemplar toda a beleza da criação arquetipada por Deus e, por ela fascinando-se, no desejo imenso de conhecê-la, projetou-se nos abismos em trevas dos espaços imensos. E caindo de esfera em esfera, foi esquecendo a sua origem, mergulhando profundamente na mais densa morada da matéria informe. Lá, nas profundezas desse abismo, começa ela a caminhar, a chamar pelo nome de todas as formas primitivas de energias caóticas. Parecia que tudo era um começo.
Sozinha, esquecida das origens, inconsciente de sua escolha, começa um caminho de sofrimento e dor!
Desorientada, sentiu a necessidade de coordenar essas energias dentro de um princípio que lhe pareceu melhor. E, aí, começou a entoar o seu primeiro cântico! O cântico das pequeninas esferas: era o mundo atômico, material, com que começava Aishá a construir o primeiro degrau da escada experimental das formas.

Ela havia decidido e não sabia.

Ela era a própria Luz que devia refletir cada página, cada ciclo evolutivo das formas da criação. E assim teve origem a sua jornada, como também tiveram origem os primeiros acordes da sinfonia das esferas. Eram as notas graves de um teclado universal que Aishá deveria aprender, nota por nota, para que, com esse conhecimento, pudesse cumprir sua missão. Sim, a sua missão como a divina compositora desse grande concerto que encerra, em cada partitura, as notas vibratórias que, desdobradas pela experiência, manifestariam o pensamento primordial Daquele de quem estava esquecida, mas que continuava vivo em seu impulso interior!
Depois de imensa jornada em imensurável tempo, ela acorda para uma nova etapa. Conseguira colocar cada partitura em seu devido lugar. E, no aprimoramento de cada nota, Aishá conseguira manifestar o primeiro mistério – A VIDA!.
Pela primeira vez, sentiu que era uma alma vivente. E, assim, dentro de sua natureza, usando das águas do Céu e das águas da Terra, surgiram as primeiras flores em seu caminho.
O espaço entre os pequeninos vegetais, sua então morada, ela o preenchia dos mais variados perfumes, como uma prece, uma oferenda ÀQUELE que lhe determinara a criação!

Esta foi, senhoras e senhores, a vossa primeira prece!

Cada espécie criada por Aishá se tornava o “habitat” da vida.
De missão cumprida, continua seu caminho e, de repente, mais uma página foi virada. Com sua experiência, percebeu Aishá que novas moradas estavam no grande projeto e, com os elementos tirados da experiência , ela gerou uma nova dimensão: surgira a primeira célula vivente. E das águas da Terra com as águas do Céu nascera o primeiro “coacervado” - o unicelular que, com o sacrifício de si mesmo, num verdadeiro “dar-se”, dividia-se em dois; e assim, nessa progressão geométrica, começava Aishá a povoar as esferas suspensas no infinito universo.
Aishá podia mover-se e, por onde caminhava, levava a sua espécie.
Em sua nova morada, sentiu que, unindo cada célula, poderia construir novas dimensões de si mesma, num trabalho extenuante e penoso.
Nascera, então, o primeiro invertebrado!
Era a vida que aumentava sua movimentação e, com cuidados especiais, começa Aishá a formar os pequenos filetes que, conduzindo sensações para um centro, dava ao pequenino ser a possibilidade de sentir o exterior de si mesmo na pequena consciência de seu interior.
O trabalho de Aishá acelerava, e fi criando e habitando, assim, novas dimensões da vida, com que ela povoou as esferas celestes.
Surgiram agora os primeiros vertebrados!
Pelas enormes dimensões de suas estruturas, necessitavam de um órgão que mantivesse a sua forma com maior movimentação e de novas janelas de seu interior para o exterior. E Aishá deu nome a todas essas formas, vivendo-as uma a uma, diante do universo!
Aishá contemplava sua obra!
Em cada período de repouso, ela procurava sentir a vontade Daquele que determinara a criação.
Sofrida, cansada, continuava o seu trabalho; com as águas da Terra e com as águas do Céu ela havia povoado os mares e a floresta; porém, sentia que faltava alguma coisa. Precisava criar uma nova morada que fosse mais perfeita que tudo que havia habitado. Então, criou ela a primeira semente que geraria a forma pré-humana. E, de dentro de sua nova dimensão, de sua nova manifestação, levantando os braços, Aishá começava a rever, através dos símbolos de seu interior, a primeira luz que, em forma de disco, parecia ser uma de suas expressões.

A Luz Maior, expressada na luz menos, era contemplada.

Aishá chorou pela primeira vez. Ela não podia entender, mas podia sentir. Era o parto dolorido da espécie humana; era a primeira lágrima que rolava sobre um rosto.

Era a sua e a vossa segunda prece!

Aishá sentiu, pela primeira vez, o Amor; mas sentiu também quão difícil seria a sua jornada para encontrar aquela luz que se escondia por detrás daquele disco.
Seu interior fremia de contentamento; suas lágrimas de dor e de alegria fundiam-se numa só emoção porque, em cada dor, surgia a alegria de uma nova vivência, de uma nova experiência.
Em cada período de repouso, ela contemplava a sua obra e partia para novas dimensões. Era mais uma etapa vencida na direção do grande destino que a aguardava. E, assim, Aishá, nesta nova morada, nesta nova forma de expressão acelerava o caminhar. Era a forma humana que se aprimorava. Porém, dada a complexidade dessa expressão, surgiu aquilo a que chamamos o “bem” e o “mal”.
Era a ciência dos opostos que ela conscientizava.
Foi aí que Aishá percebeu que o mal existia para que o bem se evidenciasse. Era uma lei que surgia, oriunda dos conjuntos, para, através desta mais alta forma de vida, usando da liberdade que lhe foi conferida para lhe facilitar a obra, dar a ela o direito de escolha.

E assim, chegou Aishá aos nossos tempos – às vossas dimensões.

Não preciso mais continuar esta história porque, de agora em diante, em vez de narrada, será vivida por vós mesmos – Aishá desta historia.
Entretanto , posso dizer-vos que estes tempos já estão concluídos. Todos já fizeram a sua escolha. Neste momento, estamos vivendo um êxodo desta para uma nova dimensão. Estamos num êxodo desta para uma nova terra; para terra de Canaã dos hebreus; para Salem de Melquizedek; para o outro lado do sol – para o REINO DO SENHOR!

Por isso eu vos peço, que neste momento, numa apoteose a esta dimensão, no clímax deste “exodus”, cantai comigo este poema de amor:

“UM DIA PISAREI A TERRA DO SENHOR!”
Pedro Freire.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O Livro Sagrado de Thoth.


Basicamente os ensinos de Toth chegaram à atualidade baseados em escassos documentos que constituem o "Kabalion" , "A Tábua da Esmeralda ", "Pistis Sophia", "Corpus Hermeticum", e alguns outros papiros. Naturalmente que o acervo de ensinamentos de Thoth estão contidos em muitos outros documentos que foram preservados e mantidos sob a guarda de Ordens Iniciáticas. Tratam-se de documentos originais e cópias que foram preservados do incêndio da Biblioteca de Alexandria. Entre os documentos preservados existem aqueles que deram base ao desenvolvimento da Alquimia.

De um modo geral podemos dizer que a Cosmologia Mística, a Magia e a Alquimia no atual ciclo de civilização derivaram-se dos ensinamentos de Toth.

Em temas anteriores temos com freqüência falado sobre Thot mas ainda há muito a ser dito, e faremos isto progressivamente em algumas palestras.
No Egito milenar Thoth era considerado um deus, ele possuía o conhecimento sobre tudo quanto há, mas apenas uma parte desse imenso cabedal de conhecimentos foi gravada em uma imensa quantidade de papiros, que em grande parte foram destruídos no incêndio da Biblioteca de Alexandria. Além daqueles inumeráveis documentos, é afirmado haver sido escrito uma outra série de documentos considerados secretos razão pela qual não constavam da Biblioteca de Alexandria mas que eram secretamente guardados pelas Escolas Iniciáticas. Diz que os conhecimentos secretos, especialmente sobre magia e alquimia foram gravados em 36,535 rolos de papiro e "escondidos debaixo da abóbada divina" e que só poderiam ser achados pelo verdadeiro merecedor, que usaria tal conhecimento pelo benefício de gênero humano.

Tudo indica que o acervo dos ensinamentos secretos foi encontrado no transcorrer dos milhares de anos que durou a civilização egípcia. A tradição de uma doutrina secreta de Thoth parece haver sido bem estabelecida no Egito, de acordo com um papiro que data a 12ª onde está gravado: " Então o Rei Khufu disse a Dedi. Há o rumor de que você conhece os santuários da câmara secreta do documento de Thoth? Dedi disse: Por favor, eu não conheço os santuários deles, Soberano, meu senhor, mas eu conheço o lugar onde eles estão. O rei disse: Onde eles estão? E Dedi disse: Há uma passagem que conduz à uma câmara chamada o Inventário em Heliopolis ".

Existe uma declaração de Clemente de Alexandria em que há referência a 42 textos atribuídos a Hermes (Thoth) e que tratam de trabalhos geográficos e médicos, entre outros, e que eram usados na educação dos sacerdotes".

Hermes Trismegistus "inventou muitas coisas necessárias para à vida, e lhes deu nomes próprios. Assim é dito que ele ensinou os homens como escrever os seus pensamentos, organizar uma linguagem apropriada. Instituiu as cerimônias a ser observadas na adoração aos Deuses; ele observou o curso das estrelas e ensinou a astronomia; inventou música; diversos exercícios; a matemática e a geometria mediante o que os grandes monumentos puderam ser construídos; ensinou como usar os medicamentos; a arte trabalhar os metais. Inventou alguns instrumentos musicais, entres estes a lira de três cordas".
thoth

Thoth.
Toth instituiu a escrita hieroglífica e a ensinou a um certo número de pessoas que julgou merecedoras de ser os depositários dos seus segredos. Nos primeiros séculos da civilização egípcia somente podiam chegar ao trono aqueles que fossem Iniciados nos Mistérios que eram considerados Sacerdotes do Deus Vivente. A estes instruiu nas ciências e artes, e explicou-lhes os mistérios dos símbolos ocultos.

A literatura Hermética cita uma série de papiros que descrevem vários procedimentos hoje chamados de mágicos. Em alguns papiros há um diálogo chamado direcionado a Asclepcius (depois do deus grego de cura). Entre muitos ensinamentos de Toth existe um conhecido diálogo entre ele e Asclepcius ( o texto disponível na literatura exotérica está muito incompleto. O original existe mas só disponível aos iniciados de nível elevado ). Nele são descritos métodos mágicos para várias finalidades, entre ele a arte de fixar os espíritos de demônios, e anjos em estátuas com ajuda de ervas, pedras preciosas e aromas. Dizem documentos existentes em diversos museus que os sacerdotes egípcios construíram estatuas de deuses que podiam falar e profetizar.
Existem fragmentos em alguns museus e outros documentos zelosamente guardados pela V\O\H\ com uma exposição de Cosmogonia Hermética e outros aspectos das ciências secretas dos egípcios relativos à cultura e o desenvolvimento da alma humana. O principal desta obra erroneamente denominado de "A Gênese de Enoch", mas já foi corrigido.

A magia dos ensinamentos de Toth deve-se ao documento denominado " A Tábua da Esmeralda". A história do descobrimento no tocante à data da descoberta deste célebre documento é ignorada mas não é certamente tão velho quanto muitos supõem. O que se sabe com autenticidade é que a exposição do conteúdo da Tábua da Esmeralda com certeza foi transmitido pelos alquimistas muçulmanos na Síria no décimo ou décimos primeiro século.

Hermes confiou aos seus sucessores escolhidos um livro hoje conhecido pelo nome de " O Livro Sagrado de Thoth". Este trabalho relata os processos secretos pelos quais a regeneração de humanidade será realizada. Esta obra tem servido de chave para outras obras iniciáticas. Os papiros com o conteúdo original desse livro existe mas não é de domínio público; somente os Iniciados da Hierarquia podem conhecer o conteúdo o que nele é revelado . Somente aos Iniciados é dado saber o significado das páginas cobertas de hieróglifos e símbolos estranhos. Podemos dizer que eles podem conferir poderes sobre elementais da natureza, em especial os Devas do Ar e da Terra.

Quando certas áreas do cérebro são estimuladas pelos processos secretos dos Mistérios do Livro Sagrado de Thoth a consciência é expandida a um nível tal que pode atingir o nível de se poder ver os Imortais e até mesmo sentir-se na presença dos Deuses Superiores , assim o Livro de Thoth é considerado por muitos como uma das chaves da imortalidade. Trata-se da suprema meta da Grande Obra Alquímica.
De acordo com lenda, o Livro de Thoth foi mantido em uma caixa dourada no santuário interno do templo. Havia apenas uma chave que ficava em poder do " Mestre dos Mistérios", e em data posterior no mais alto iniciado do "Arcanum Herméticum".

O Livro Sagrado de Thoth ficou perdido para o mundo antigo com a decadência das Escolas de Mistérios, quando ele foi guardado numa urna lacrada, para no momento preciso ser novamente encontrado. O livro há alguns séculos foi encontrado e talvez deva-se a ele o grande desenvolvimento que teve a Alquimia no Período Medieval. Àqueles que levam uma vida digna de um verdadeiro Peregrino da Senda é dado progressivamente saber as práticas nele contidas e assim chegar até a presença dos Imortais. Nenhuma outra informação pode ser dada para o mundo profano a respeito dos que foi ensinado nesta área por Thoth. O segredo continua selado mas mesmo assim acessível a todo aqueles que desejem servir à humanidade segundo a orientação dos " Imortais"....José Laércio do Egito.

Nove Sinfonias Sublimes de Beethoven.


" BEETHOVEN FOI MAIS DO QUE UM SIMPLES MÚSICO ; ELE FOI UM SUPER-HOMEM... SEU ACERVO DE IDÉIAS CRIATIVAS CAPACITAM-NO A IGUALAR-SE A UM SHAKESPEARE , OU A UM MICHELANGELO NA HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO HUMANA .." DISSE EDMUND BORDEAUX NO SEU LIVRO INTITULADO " LUDWIG VAN BEETHOVEN " .

ESSE GÊNIO MUSICAL NASCEU NUM DOMINGO , 16 DE DEZEMBRO DE 1770 , NA CIDADE DE BONN ( ALEMANHA ) E NÃO É NOSSO PROPÓSITO TRATAR DA INTERPRETAÇÃO DE SEU TEMA NATAL ( HORÓSCOPO ) , MAS VALE A PENA CITAR ALGUMAS NOTAS SOBRE ISTO.

A DIVINA HIERARQUIA ZODIACAL DE SAGITÁRIO , É REPRESENTADA POR UM CENTAURO , METADE ANIMAL , METADE HUMANA , SIMBOLIZANDO DESSA MANEIRA O NOSSO EU INFERIOR ( NATUREZA ANIMAL ), E NOSSO EU SUPERIOR ( NATUREZA HUMANA ) .

BEETHOVEN POSSUÍA TRÊS PLANETAS ( SOL , LUA E MERCÚRIO ) EM SAGITÁRIO , INDICANDO ELEVAÇÃO ESPIRITUAL , QUE ELE "MUSICOU" NA SUA ( ÚNICA ) ÓPERA "FIDÉLIO" , ÓPERA ESTA QUE TRATA DA FIDELIDADE CONJUGAL E DO AMOR VIRTUOSO.

POSSUÍA TAMBÉM TRÊS PLANETAS NO SATURNIANO SIGNO DE CAPRICÓRNIO ( JÚPITER , VÊNUS E PLUTÃO ) , E DURANTE SUA INFÂNCIA FOI ATORMENTADO COM DESGRAÇAS E TRISTEZAS. VIVEU NUM DESESPERADO ESTADO DE POBREZA , RODEADO POR COMPANHEIROS E VIZINHOS INCOMPATÍVEIS COM A SUA GENIALIDADE. FREQÜENTEMENTE DIZIA DE SI PRÓPRIO : "... NÃO TENHO AMIGOS , POR ISSO DEVO VIVER SÓ , MAS SEI DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO , QUE DEUS ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE MIM DO QUE DOS OUTROS. APROXIMO-ME DELE SEM MEDO , PORQUE SEMPRE O CONHECI...".

AQUI UMA ADVERTÊNCIA MUITO IMPORTANTE ! ! !

HÁ ( MUITAS ) PESSOAS QUE JUSTIFICAM SEUS DEFEITOS PELA ASTROLOGIA , RESPONSABILIZANDO OS PLANETAS/SIGNOS POR SUAS CONDUTAS DESREGRADAS.

BEETHOVEN POSSUIA QUATRO PLANETAS RETRÓGRADOS ( MARTE , SATURNO , URANO E NETUNO ) , E DURANTE SUA VIDA COMPÔS 07 CONCERTOS , 16 QUARTETOS , 32 SONATAS , DUAS MISSAS , UMA ÓPERA ETC..

SEUS TALENTOS E GENIALIDADE , TORNARAM-SE EVIDENTES DURANTE AS PRIMEIRAS APRESENTAÇÕES DE BEETHOVEN EM VIENA , ÁUSTRIA , NO ANO DE 1795 , QUANDO TOCOU EM SEU PRÓPRIO PIANO O CONCERTO EM SI BEMOL MAIOR. SEU GÊNIO INTERIOR CONTRASTAVA DE MANEIRA EVIDENTE COM SUA APARÊNCIA EXTERNA : COM A FIGURA E MANEIRAS GROTESCAS E SUAS VESTES ESTRANHAS. FOI ISTO JUSTAMENTE QUE MOTIVOU MUITOS ARISTOCRATAS PERFUMADOS , A REFLETIR SOBRE ELE: "...GRANDE DEMAIS PARA SER IGNORADO , POBRE DEMAIS PARA SER RESPEITADO E MUITO EXCÊNTRICO PARA SER AMADO..."

AOS HOMENS ERUDITOS , ENTRETANTO , BEETHOVEN FOI APRECIADO DE MANEIRA DIFERENTE. UM BOM EXEMPLO É ENCONTRADO EM JOHAN HERDE EM SEUS ESTUDOS SOBRE A HISTÓRIA DA HUMANIDADE , EM QUE ELE DIZ ; ".... DEUS AGE NA TERRA ATRAVÉS DOS HOMENS EVOLUÍDOS.."

NO LIVRO DE ERNEST NEWMAN , " O INCONSCIENTE DE BEETHOVEN " , O COMPOSITOR FOI LEMBRADO ENQUANTO DESCREVIA SEU MÉTODO DE TRABALHO A UM AMIGO : "...EU CARREGO MINHAS IDÉIAS COMIGO POR LONGO TEMPO , ANTES E COLOCÁ-LAS EM PAUTA. A MINHA MEMÓRIA É TÃO APURADA , QUE TENHO CERTEZA DE NÃO ESTAR ME ESQUECENDO DE NADA ; MESMO NO DECORRER DE VÁRIOS ANOS , SE UM TEMA ACONTECE , EU O ALTERO MUITAS VEZES , ATÉ FICAR SATISFEITO E ENTÃO COMEÇA NA MINHA CABEÇA O TRABALHO DE ALARGAR , ESTREITAR , ELEVAR E APROFUNDAR ; EU VEJO EM MINHA MENTE O QUADRO EM TODA A SUA EXTENSÃO , COMO UMA ÚNICA PROJEÇÃO , E NADA MAIS HÁ PARA SER FEITO , SENÃO ESCREVÊ-LA..."

FOI COM ESTE MONUMENTAL MÉTODO QUE BEETHOVEN FOI CAPAZ DE COMPLETAR A GIGANTESCA TAREFA DE ESCREVER AS NOVE SINFONIAS.

O CLIMAX DOS TRABALHOS DA VIDA DE BEETHOVEN FOI ALCANÇADO COM AS SUAS SINFONIAS. COMEÇOU A PRIMEIRA DELAS QUANDO O MUNDO ESTAVA ADENTRANDO OS PRIMÓRDIOS DO SÉCULO XIX , SENDO A PRIMEIRA SINFONIA ESCRITA EM 1802.

ESTAS NOVE SINFONIAS ESTÃO DIVIDIDAS EM DOIS GRUPOS ; COMO UMA INTERPRETAÇÃO MUSICAL DOS GRAUS INICIÁTICOS.

A PRIMEIRA , TERCEIRA , QUINTA E SÉTIMA SINFONIAS SÃO VIGOROSAS , PODEROSAS E DE COMANDO , TÍPICAS DAS CARACTERÍSTICAS MASCULINAS , CENTRADAS NA CABEÇA OU SEJA , O INTELECTO.

CONTRASTANDO , A SEGUNDA , QUARTA , SEXTA E OITAVA SINFONIAS , SÃO ELEGANTES , TERNAS , GRACIOSAS E BELAS, TÍPICAS DA CARACTERÍSTICA FEMININA , CENTRADAS NO CORAÇÃO , OU SEJA A INTUIÇÃO .

CONFORME O ASPIRANTE PASSA PELOS VÁRIOS DEGRAUS INICIÁTICOS DESSES MISTÉRIOS , ELE APRENDE A EQUILIBRAR MENTE / CORAÇÃO.

ESTE É O PERFEITO ELO DO CASAMENTO MÍSTICO , E ESTE BELÍSSIMO RITUAL , BEETHOVEN DESCREVE NA SUA NONA SINFONIA.

ALGUNS HISTORIADORES DA MÚSICA , SUSTENTAM QUE BEETHOVEN INSPIROU-SE NA OBRA LITERÁRIA "ODE A ALEGRIA" DO POETA , DRAMATURGO E FILÓSOFO FRIEDRICH VON SCHILLER ( 1759-1805 ) ,

SUGERIMOS AO LEITOR ACOMPANHAR ESTES ESTUDOS DAS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN , COM O DIAGRAMA 18 / CONSTITUIÇÃO DA TERRA , NA OBRA BÁSICA DA FRATERNIDADE ROSACRUZ ; " O CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS " .

A PRIMEIRA SINFONIA

CADA SINFONIA POSSUI SUA PRÓPRIA NOTA-CHAVE E A CORRELAÇÃO COM OS DEGRAUS INICIÁTICOS DOS NOVE MISTÉRIOS ( OBSERVAR AS CAMADAS DA TERRA NO DIAGRAMA 18 DO CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS ) .

ESSAS SINFONIAS AINDA TÊM SUA PRÓPRIA NOTA-CHAVE ESPIRITUAL. COMEÇANDO COM A PRIMEIRA SINFONIA , SUA NOTA-CHAVE É O PODER E É REPRESENTADO POR UMA COLUNA NO ALTO , À DIREITA – O PRIMEIRO SÍMBOLO DA DIVINDADE , COMO FOI ADORADO PELO HOMEM PRIMITIVO , NOS PRIMÓRDIOS DA CIVILIZAÇÃO . PODE-SE DIZER TAMBÉM , QUE O NÚMERO UM SIGNIFICA O EGO , O INDIVIDUAL , CUJO PROPÓSITO DIÁRIO – ATRAVÉS DA EVOLUÇÃO , É MANIFESTAR SUA DIVINDADE INTERIOR. O MISTÉRIO ESPIRITUAL DA PRIMEIRA SINFONIA ENVOLVE A TERRA FÍSICA E OS SEGREDOS OCULTOS DE SEU LONGO PASSADO NO DESENVOLVIMENTO EVOLUTIVO. ESTA SINFONIA , NA SUA MAJESTADE , DESCREVE A TREMENDA TRANSFORMAÇÃO DA TERRA , E NOS SEUS QUATRO MOVIMENTOS , É COMO SE O COMPOSITOR ESTIVESSE TRANSPORTANDO PARA A MÚSICA AS LUZES CRIATIVAS DE DEUS.

( EXTRATO MINERAL )

SEGUNDA SINFONIA

A SEGUNDA SINFONIA , TEM POR NOTA- CHAVE ESPIRITUAL O AMOR. O NÚMERO DOIS É O "PRINCÍPIO MATERNO DE DEUS ".

ESSE PRINCÍPIO FEMININO MANIFESTA-SE COMO "AMOR SUPREMO " , A VIBRAÇÃO QUE ANIMA INTEIRAMENTE A SEGUNDA SINFONIA , TRANSMITE A MÚSICA TAL BELEZA E TERNURA , QUE MUITOS SIMPATIZANTES DESTA SINFONIA DECLARAM-NA A MAIS BELA DE TODAS. ATRAVÉS DO SEGUNDO MISTÉRIO , O ASPIRANTE APRENDE OS SEGREDOS DOS ÉTERES QUE RODEIAM A TERRA. ESTES ÉTERES TEM MUITO A FAZER COM OS SEGREDOS QUE ENVOLVEM OS SERES QUE HABITAM ESTE REINO, TAIS COMO OS ESPÍRITOS DA NATUREZA , OS RESPONSÁVEIS BELO EMBELEZAMENTO DA TERRA. E POR ESTE MISTÉRIO QUE PASSANDO AO REINO ETÉRICO E AO SEU INTERIOR , ESTUDAM-SE OS MISTÉRIOS DAS FLORES E PLANTAS.

( EXTRATO FLUÍDICO / REGIÕES QUÍMICAS E ETÉRICA DO MUNDO FÍSICO )

TERCEIRA SINFONIA

COM A UNIÃO DO PODER ( PRIMEIRA SINFONIA ) E DO AMOR ( SEGUNDA SINFONIA ) , A TERCEIRA NOTA-CHAVE ESPIRITUAL TORNA-SE UMA PERFEITA LIGA DE FORÇA. BEETHOVEN FOI CAPAZ DE TRAZER À SUA TERCEIRA SINFONIA UM TEMA DE SUPREMA LUTA QUE ENFRENTA CADA SER HUMANO E A DERRADEIRA VITÓRIA DO PODER DO ESPÍRITO. ESTA LUTA DO HOMEM É REPRESENTADA NO TERCEIRO MISTÉRIO , QUANDO O ASPIRANTE EXPERIÊNCIA O MUNDO DOS DESEJOS. É ALI QUE ELE COMEÇA A ENTENDER A ESTREITA RELAÇÃO ENTRE O HOMEM E O PLANETA EM QUE VIVE. ELE APRENDE O PERIGO DE SUA DESREGRADA NATUREZA DE DESEJOS COM A QUAL ELE INFLUENCIA E UTILIZA CERTAS FORÇAS SINISTRAS INTERNAS CORRESPONDENTES ÀS CAMADAS DA TERRA. BEETHOVEN DESCREVE QUE APENAS AQUELE QUE ATINGIU O COMPLETO DOMÍNIO DE SI PRÓPRIO , PODE ENTRAR E INVESTIGAR O MUNDO DOS DESEJOS DA TERRA.

( EXTRATO VAPOROSO / MUNDO DE DESEJOS )

QUARTA SINFONIA

A ADIÇÃO DA FORÇA À COMBINAÇÃO DO VALOR VIBRATÓRIO DO PODER DO AMOR , TRAZ O RESULTADO DE UMA EMANAÇÃO FEMININA CHAMADA BELEZA QUE É A NOTA- CHAVE DA QUARTA SINFONIA DE BEETHOVEN. ONDE QUER QUE HAJA AMOR ESPIRITUAL EXISTE TAMBÉM HARMONIA. A QUARTA SINFONIA É DESCRITA MUITO BEM COMO "A SINFONIA DA FELICIDADE " E SEUS QUATRO MOVIMENTOS SÃO IDENTIFICADOS COMO "AS QUALIDADES DE SERENIDADE , FELICIDADE , BELEZA E PAZ ". COMO O TERCEIRO MISTÉRIO ESTA RELACIONADO COM AS CONSEQUÊNCIAS DA NATUREZA DO DESEJO , O QUARTO MISTÉRIO RELACIONA-SE À ESPIRITUALIZAÇÃO DA MENTE. NO REINO DO PENSAMENTO CONCRETO - LOCALIZADO NA QUARTA CAMADA DA TERRA - O CANDIDATO À APRENDIZAGEM DESTES MISTÉRIOS APRENDE A USAR O PODER DO PENSAMENTO CONSTRUTIVO/CRIATIVO E A REALIZAÇÃO DE QUE POR ESTE MEIO , ELE CONSTROI SUA PRÓPRIA VIDA.

( EXTRATO AQUOSO / REGIÃO DO PENSAMENTO CONCRETO )

QUINTA SINFONIA

" BEETHOVEN ENFRENTA AS ONDAS DO MAR E PERMANECE NO LEITO DO OCEANO QUE PÁRA AS NUVENS NO SEU CURSO , DISPERSA AS NÉVOAS E REVELA O PURO AZUL DO CÉU E A FACE ESCALDANTE DO SOL " . SÃO PALAVRAS DE RICHARD WAGNER ( 1813-1883 ) AO DESCREVER A GIGANTESCA ENERGIA DO PRIMEIRO MOVIMENTO DA QUINTA SINFONIA.

CADA UMA DAS QUATRO PARTES DESTA SINFONIA, REPRESENTA UM DOS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA ; FOGO , AR , ÁGUA E TERRA. ESTA SINFONIA CANTA A CANÇÃO DESTES ELEMENTOS COM INTENSIDADE E PODER. COM A NOTA-CHAVE DE LIBERDADE , A QUINTA SINFONIA É MELHOR CONHECIDA COMO " SINFONIA DA VITÓRIA " E TEM A INTERPRETAÇÃO ESPIRITUAL DA CONQUISTA DO EU INFERIOR. DURANTE ESTE QUINTO MISTÉRIO , É ENSINADO AO ASPIRANTE LER NA MEMÓRIA DA NATUREZA OS REGISTROS DAS VIDAS PASSADAS E O TRABALHO DOS ÁTOMOS SEMENTES , NO MUNDO DO PENSAMENTO ABSTRATO .

( EXTRATO GERMINAL / REGIÃO DO PENSAMENTO ABSTRATO )

SEXTA SINFONIA

UM HINO SUBLIME À NATUREZA , É A DESCRIÇÃO DA EXPRESSÃO MUSICAL DESTA SINFONIA. COM A NOTA- CHAVE DA UNIFICAÇÃO , O SÍMBOLO DA SINFONIA É CORRELACIONADO COM A DIVINA HIERARQUIA ZODIACAL DE VIRGO . ESTE SIGNO FEMININO PERTENCE À TRIPLICIDADE TERRESTRE E LIGADO À MÃE NATUREZA , EXPRESSANDO " O SERVIÇO POR MEIO DA TONALIDADE DA BELEZA ". O MOTIVO MUSICAL É TAMBÉM CARACTERIZADO POR ESSES ATRIBUTOS. A NOTA-CHAVE DA UNIFICAÇÃO É FIRMEMENTE LIGADA AO NÚMERO SEIS , QUE EXPRESSA LUZ , AMOR E BELEZA. NO SEXTO MISTÉRIO O ASPIRANTE PENETRA NO MUNDO DA CONSCIÊNCIA CRÍSTICA , ONDE TODO SENSO DE SEPARATIVIDADE JÁ FOI TRANSCENDIDO E A VERDADEIRA UNIVERSALIDADE DE TODA A VIDA REALIZA-SE.

A SEXTA SINFONIA DE BEETHOVEN , TAMBÉM É CONHECIDA COMO "SINFONIA PASTORAL ".

( EXTRATO ÍGNEO / MUNDO DO ESPÍRITO DE VIDA )

SÉTIMA SINFONIA

EXALTAÇÃO É A NOTA-CHAVE DESTA BELISSÍMA SÉTIMA SINFONIA , COM O NÚMERO SETE REPRESENTANDO O FECHAMENTO DE UM CICLO , EM TERMOS DE DURAÇÃO DE TEMPO.

O TRÍPLICE ESPÍRITO ELEVA-SE TRIUNFANTEMENTE SOBRE OS QUATRO ELEMENTOS DA MATÉRIA. FRANZ LISZT ( 1811-1886 ) VIU NA SÉTIMA SINFONIA UMA "APOTEOSE À DANÇA ". NO SÉTIMO MISTÉRIO , O ASPIRANTE TORNA-SE CIENTE DO SÉTIMO EXTRATO DA TERRA , CONHECIDO COMO EXTRATO REFLETOR , E QUE ESTA INTIMAMENTE LIGADO AO MUNDO DO ESPÍRITO DIVINO. É NESTE REINO QUE A TERRA REAGE ACURADAMENTE AOS PENSAMENTOS E DESEJOS DO HOMEM. PODEM SER IGUALMENTE CONSTRUTIVOS E DESTRUTIVOS E RELACIONADOS COM À LEI DE CAUSA E EFEITO. POR ISTO É IMPORTANTE SABER QUE O HOMEM É UM SER DE CONSTITUIÇÃO SÉTUPLA ; O TRÍPLICE ESPÍRITO É LIGADO AO TRÍPLICE CORPO PELA MENTE. O PRINCIPAL PROPÓSITO DA PEREGRINAÇÃO DO HOMEM PELA TERRA , É CAPACITAR O TRÍPLICE ESPÍRITO A TRABALHAR SOBRE O TRÍPLICE CORPO A FIM DE REFINÁ-LO , ESPIRITUALIZANDO OS CORPOS INFERIORES E TRANSMUTÁ-LOS PARA QUE A ALMA POSSA USÁ-LOS AMOROSA E DESINTERESSADAMENTE.

( EXTRATO REFLETOR / MUNDO DO ESPÍRITO DIVINO )

OITAVA SINFONIA

CHAMADA DE " ÉPICO DO HUMOR " , E DESCRITA POR ALGUNS COMO " A SINFONIA QUE CARREGA A IMPRESSÃO DA DIVINDADE " , ESTA SINFONIA TEM A NOTA-CHAVE DA HARMONIA. É UMA SINFONIA QUE EXPRIME ALEGRIA COM FANTÁSTICO HUMOR . UM LUMINOSO E DIVERTIDO ESPÍRITO DE FELICIDADE ESPALHA-SE POR ELA. O TRABALHO EXALTADO DO OITAVO MISTÉRIO , É EXEMPLIFICADO NA SUA MELODIA , QUE É DELICADA , BELA E PREENCHIDA DE CERTA VIBRAÇÃO MÍSTICA QUE PARECE CANTAR A HABILIDADE DE ACALMAR OS ÍMPETOS DA TEMPESTADE QUE REMOVE MONTANHAS DE SEUS LUGARES. ESSES MISTÉRIOS ESTÃO NA ESFERA CELESTIAL RELACIONADO OCULTAMENTE AO MUNDO DOS ESPÍRITOS VIRGINAIS. TEMOS ESTUDADO NA FRATERNIDADE ROSACRUZ , QUE DEUS DIFERENCIA DENTRO DE SI MESMO AS DIVERSAS ONDAS DE VIDA , PARA – EM SUAS JORNADAS EVOLUTIVAS - ALCANSAREM ELEVADOS ESTÁGIOS ESPIRITUAIS.

( EXTRATO ATÔMICO / MUNDO DOS ESPÍRITOS VIRGINAIS )

NONA SINFONIA

ESTA É A SINFONIA QUE REPRESENTA O EQUILÍBRIO PERFEITO ENTRE MENTE E CORAÇÃO , CONHECIDA COMO CASAMENTO MÍSTICO , E NESTE SUBLIME RITUAL BEETHOVEN DESCREVE UMA CONSUMAÇÃO ( CONSUMATUN EST ) ; O DESPERTAR DO CRISTO INTERNO NO ASPIRANTE , QUE AGORA PASSA A SER UM ADEPTO.

ESTA É A ÚNICA DAS SINFONIAS DE BEETHOVEN QUE POSSUI CORAL , VOZES HUMANAS !

( EXPRESSÃO MATERIAL DO ESPÍRITO TERRESTRE / MUNDO DE DEUS )
por Jonas Taucci.
Baseado em Corinne Heline.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Albatroz.



Às vezes, por prazer, os homens de equipagem
Pegam um albatroz, enorme ave marinha,
Que segue, companheiro indolente de viagem,
O navio que sobre os abismos caminha.

Mal o põem no convés por sobre as pranchas rasas,
Esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado,
Deixa doridamente as grandes e alvas asas
Como remos cair e arrastar-se a seu lado.

Que sem graça é o viajor alado sem seu nimbo!
Ave tão bela, como está cômica e feia!
Um o irrita chegando ao seu bico em cachimbo,
Outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia!

O poeta é semelhante ao príncipe da altura
Que busca a tempestade e ri da flecha no ar;
Exilado no chão, em meio à corja impura,
As asas de gigante impedem-no de andar.
charles beudelaire.

CARTA DE AMOR de ludwig van beethoven.



Bom dia! Todavia, na cama se multiplicam os meus pensamentos em ti, minha amada imortal; tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver sozinho é-me possível, ou inteiramente contigo, ou completamente sem ti. Quero ir bem longe até que possa voar para os teus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso, podendo enviar a minha alma ao reino dos espíritos envolta contigo. Tu concordarás comigo, tanto mais que conheces a minha fidelidade, e que nunca nenhuma outra possuirá meu coração; nunca, nunca… Oh, Deus! Por que viver separados, quando se ama assim?


Minha vida, o mesmo aqui que em Viena: sentindo-me só, angustiado. Tu, amor, tens-me feito ao mesmo tempo o ser mais feliz e o mais infeliz. Há muito tempo que preciso de uma certeza na minha vida. Não seria uma definição quanto ao nosso relacionamento?… Anjo, acabo de saber que o correio sai todos os dias. E isso me faz pensar que tu receberás a carta em seguida.

Fica tranquila. Contemplando com confiança a nossa vida alcançaremos o nosso objectivo de vivermos juntos. Fica tranquila, queiras-me. Hoje e sempre, quanta ansiedade e quantas lágrimas pensando em ti… em ti… em ti, minha vida… meu tudo! Adeus… queiras-me sempre! Não duvides jamais do fiel coração de teu enamorado Ludwig.

Eternamente teu,
eternamente minha,
eternamente nossos.

Ludwig van Beethoven.

Ludwig Van Beethoven.


Compreender este génio – ou o de Shakespeare, de Paracelso, de Ricardo Wagner, de Leonardo da Vinci, de Miguel Ângelo, de Goethe, ou de Camões e assim por diante – não é fácil. Como todos os outros, possui tão elevada experiência, adquirida ao longo de muitas vidas, que tem uma capacidade epigenésica fora do comum – acompanhada do carácter brusco e quase intratável de que o acusam, mas que não pode ser apreciado de acordo com os parâmetros habituais ou preconceituosos.

Se unirmos as palavras que no intróito acima se transcrevem, às de Santo Isidoro de Sevilha (560-636) ao defender "a música como a criadora de tudo o que existe", a que conclusão – ou conclusões – chegaremos?

E se juntarmos agora estes dois pontos de vista aos ensinamentos expendidos por Max Heindel sobre esta sublime arte, não se tornarão eles muito mais luminosos?

Mas deixemos estes pensamentos transcendentais e limitemo-nos à obra e à vida de Beethoven, cujo monumento evocativo visitámos num belo dia do Verão de 1995, em Viena, a capital da música, na companhia da nossa esposa.

Ao redor floriam lindas rosas vermelhas que serviam de excelente elo de união das nove estátuas colocadas na base do monumento. São alegorias das suas nove Sinfonias. Tudo contribuía para uma análise mais profunda, para a reflexão e para a meditação. Ficámos admirados da capacidade do autor deste maravilhoso trabalho escultórico. Cada uma das figuras comunicava concepções metafísicas. Todavia, o cisne foi a figura que mais nos prendeu. Estava ali representado o estado real deste génio, um elevado Iniciado, que chegou a começar a 10ª Sinfonia. Seria ele era um Irmão Leigo, que, passando as 9 iniciações nos Mistérios Menores, tal como Max Heindel, se preparasse para o grau seguinte, de Adepto?

Mas, como o poderemos admitir, se Beethoven mantinha o vício de fumar e reacções tão bruscas que têm servido para críticas destrutivas?

Max Heindel dá-nos uma explicação possível quando nos relata a experiência de um amigo, também ele Irmão Leigo, que não se recordava das suas experiências ocorridas no corpo-alma, devido, precisamente, ao tabaquismo. De facto, quer o tabaco, quer as bebidas alcoólicas, afectam gravemente o cérebro e os veículos supra-físicos. Por outro lado, quem, como Beethoven, por meio da música, foi capaz de comunicar os nossos sentimentos em todos os seus níveis? Por isso, ora subia aos céus e tinha a capacidade de ouvir os sons da Lira de Apolo, embora não captasse os sons físicos, ora descia aos infernos dos nossos enormes conflitos e das confusões de sentimentos e actos.

Uma das pessoas que teve o ensejo de o ver tocar, John Russell, disse que entre Beethoven e o piano havia uma união tão perfeita que se espantava de, sendo já o compositor surdo, conseguir "ouvir" o que tocava, reflectindo-se-lhe no rosto os sons que produzia. A resposta já a sabemos...

Quem, como ele, soube vencer as adversidades da vida, trabalhar tão intensa e magistralmente? Quem, como ele, soube transmitir por meio desta arte sublime os sentimentos e os actos?

Que poder imenso têm as suas obras, e, em particular, as sinfonias, para nos libertar das nossas limitações corporais! Não nos ajudarão elas a voar como um cisne, até à nossa verdadeira pátria?

Os homens do seu tempo jamais poderiam compreender Beethoven... É que ele já estava para além do seu – e também do nosso – tempo.

Beethoven nasceu a 16 de Dezembro de 1770, sob influência das energias cósmicas das Hierarquias dos Senhores da Mente, Sagitarianas, a cujo signo pertence.

Aprendeu duras lições pela influência de Plutão, o "fogo congelado"; de Júpiter, que noutra ocasião chamámos "Zeus", e de Vénus, que no mesmo trabalho denominamos "Madalena". Deste conjunto de influências teve um destino algo semelhante ao de Camões, que muito amou e muita incompreensão arrecadou. Todos estes planetas estavam no signo do Capricórnio, signo regido pela "Mão Dura", Saturno, com todas as provas que daí advêm.

Contudo, Beethoven beneficiava das influências do "Senhor de Luz", que é o Sol, o Cristo Cósmico, da "Senhora da Forma", a Lua, e ainda de Mercúrio, a que chamámos "Hermes", todos eles em trânsito no Sagitário, o que lhe permitiu formar um canal divino por onde fluíam os sons da fonte primeira.

Ao afirmar que Deus estava mais perto dele que dos outros, Beethoven sabia que Deus age muito mais facilmente por meio dos seres com muita experiência – quase todos perseguidos, difamados, incompreendidos.

Em Beethoven há o génio revolucionário, o amante da liberdade e da verdade, o espiritualista rosacruciano da fraternidade, o cosmocrata nos ideais da Idade do Aquário.

Aprendamos a apreciar e a ser mais gratos àquele para quem Deus era tudo e que reconhecia que o Mundo estava n’Ele como ele estava no Mundo, usando os nossos talentos, como ele o fez.D. D. C.

A Lenda de Hiram.


A lenda diz que Salomão, querendo fazer de seu corpo um templo digno, pediu a Hiram, rei de Tiro, um mestre arquiteto de obra. Hiram, Rei Consciência, envia e lhe recomenda Hiram Abiff (Mestre Construtor), filho de uma viúva

Hiram Abiff é designado como chefe supremo dos obreiros para a construção do templo. Estes obreiros tinham diversos graus de capacidade e diferentes talentos individuais. Era, pois, necessário dividi-los segundo suas capacidades para poder aproveitar melhor o trabalho de cada um.

Hiram, como sábio, justo e benevolente, os repartiu em três categorias: aprendizes, companheiros e mestres. Hiram deu a cada um a maneira de se fazer conhecido como tal por meio de signos, toques e palavras apropriados.

Hiram construiu e ergueu no Templo duas grandes colunas bronze, ocas. Determinou que os Aprendizes recebessem seu salário na primeira coluna, os Companheiros, na segunda e os Mestres na "câmara do meio".

Cada classe de obreiro, para poder receber seu salário, se fazia conhecer pelo esforço e trabalho que havia dedicado à Obra.

O trabalho foi dirigido e executado com sabedoria, ordem e exatidão, segundo as instruções recebidas, e a obra avançou em progresso e elevação rapidamente.

Apesar do número de obreiros, que entre todos eram mais de oitenta mil, e de ser feito todo gênero de obra, não se ouvia nenhum ruído de instrumento de metal.

Durante sete anos ou mais de construção, não houve chuva, porque o templo estava constantemente coberto. Igualmente reinaram a paz e a prosperidade durante a construção do Templo.

Três obreiros da classe dos companheiros, julgando-se merecedores e dignos de serem mestres, e querendo conseguir isso pela força, como acontece com todos os ignorantes, tramaram uma conspiração para se apoderarem, pela violência, da Palavra Sagrada, e de serem reconhecidos como Mestres.

Estes três trataram de convencer outros nove companheiros mestres, mas estes, no último momento, desistiram, porque foram perturbados pelo remorso.

Os três cúmplices ficaram sozinhos, e, urdindo o crime, resolveram obter a Palavra pela força, do próprio Hiram.

Os três aguardaram-no, a quem, por sua bondade, esperavam intimidar.

Escolheram o meio-dia como a hora mais propícia, pois a essa hora Hiram costumava visitar e revisar o trabalho, e elevar suas preces enquanto os demais descansavam. Os três se dirigiram para as três portas do Templo, que naquele momento já estavam desertas, porque todos os obreiros já haviam saído para descansar.

Quando Hiram terminou sua prece e quis atravessar a porta do sul, o companheiro ali postado o ameaçou com sua régua de vinte e quatro polegadas, pedindo-lhe a Palavra e o Sinal de Mestre. Todavia, o Mestre respondeu-lhe: "Trabalha, e serás recompensado!" Vendo a inutilidade de seus esforços, o companheiro ignorante o golpeou fortemente com a régua. E, havendo o Mestre levantado o braço direito para deter o golpe vibrado sobre sua garganta, seu ombro direito foi atingido, paralisando o braço.

O Mestre dirigiu-se, então, até a porta do Ocidente, e, ali, o segundo companheiro lhe exigiu, como o primeiro, A Palavra e o Sinal de Mestre, recebendo a mesma resposta: "Trabalha, e obterás". Então este companheiro deu-lhe um forte golpe no peito com o esquadro de ferro. Meio aturdido, Hiram dirigiu-se até a porta do Oriente.

Nesta porta o terceiro o esperava. Era o pior intencionado dos três, que, recebendo a mesma negativa do Mestre, deu-lhe um golpe mortal sobre a fronte, com o malhete que havia levado consigo.

Quando os três se encontraram novamente, comprovaram que nenhum possuía o Sinal nem a Palavra; horrorizaram-se pelo crime inútil e não tiveram outro pensamento senão o de ocultá-lo e fazer desaparecer seus vestígios. E, assim, de noite, levaram a vítima em direção ao Ocidente e a esconderam no cume de uma colina, perto do local da construção.

Quando Hiram não apareceu no lugar do trabalho, todos ficaram perplexos, pressagiando uma desgraça.

Terminou o dia, e o Arquiteto não apareceu; então, os nove companheiros, que haviam se oposto à empresa dos três malvados, decidiram revelar aos Mestres o ocorrido. Foram conduzidos à presença de Salomão, que, depois de ter escutado o relato dos três mestres e dos nove companheiros, ordenou aos primeiros que formassem três grupos, cada um deles unindo-se com seus companheiros para esquadrinhar os territórios e regiões do Oriente, do Ocidente e do Meio-dia, em busca do Grande Mestre e Arquiteto Hiram Abiff, e dos três companheiros da Palavra Perdida, a qual nem mesmo Salomão conhecia, e que havia se perdido com o desaparecimento de Hiram.

Durante três dias o procuraram, inutilmente; porém, na manhã do quarto dia, um dos grupos que se dirigia para o Ocidente achava-se sobre as montanhas do Líbano a fim de encontrar um lugar onde pudesse passar a noite; ouviu então vozes humanas numa caverna. Eram os três companheiros assassinos. Estes viram os visitantes fazer os sinais do castigo, sinais que foram adotados depois para os três graus, como meio de reconhecimento.

Os três delinqüentes escaparam por outra saída da caverna, e ninguém depois conseguiu encontrar seus rastros.

Quando regressavam a Jerusalém, na noite do sexto dia (já perto da cidade), um dos três viajantes se deixou cair, extenuado, sobre um montículo. Observou, então, que a terra havia sido recentemente removida, e que dela emanava o odor putrefato dos cadáveres.

Começando a escavar, chegaram a apalpar o corpo mas, como estava escuro, não se atreveram a continuar suas pesquisas. Recobriram então o cadáver e colocaram sobre o montículo um ramo de acácia, espécie de árvore comum, cujas flores e folhas são sempiternas.

No dia seguinte, relataram seu descobrimento a Salomão; este fez o Sinal e pronunciou a palavra, que depois foram usados como sinais de socorro. Em seguida encarregou os nove mestres de verificar se se tratava do Grande Mestre Hiram, e de buscar nele os sinais de reconhecimento, os quais ficaram fixados pelas palavras que foram pronunciadas no momento em que o corpo foi levantado da sepultura.

Assim procederam e, ao verem a fronte ensangüentada, coberta por um avental, e sobre o peito a insígnia do grau, fizeram o Sinal de Horror, que ficou sendo o sinal de reconhecimento entre os maçons.
Hiram na Tradição Maçônica

De acordo com a lenda Maçônica, Hiram Abiff era um homem de Tire, o filho de uma viúva e o arquiteto-chefe do Templo construído pelo Rei Salomão. Ele era o personagem principal da construção do Templo (Hiram, Rei de Tire) e também um de outros três personagens envolvidos com Salomão e ele. Hiram Abiff, segundo a Maçonaria, era o único no mundo que conhecia os "segredos de um Mestre Maçon", incluindo o mais importante deles, a "Grande Palavra Maçônica", o nome de Deus ("o inefável nome"). Do mesmo modo, na doutrina oculta, saber o nome de um espírito é uma chave de ter seu poder, e existe um grande poder envolvido com o conhecimento desta palavra. Saber os outros "segredos de um Mestre Maçon" habilitava os maçons/obreiros a trabalhar no projeto do Templo to go out on their own, trabalhando como Mestres Maçons e recebendo o salário de Mestres Maçons.

Este Hiram prometeu revelar os "segredos de um Mestre Maçon", incluindo o nome de Deus, ao completar-se a construção do templo, e fazer com que os obreiros se tornem Mestres Maçons, aptos a frequentar seu interior como mestres (they were, as yet, only "fellowcraft" Masons). One day Hiram went, as was his custom, into the unfinished Holy of Holies at noon ("High Twelve") to worship and to draw up the work plans (on his "trestleboard") for the workmen to follow the next day. The workmen were outside the Temple for their lunch break ("…the craft were called from labor to refreshment…")

As Hiram was leaving the Temple he was accosted by three "ruffians," in succession, who demanded that they be given the secrets immediately (without waiting for the Temple to be completed). He was handled roughly by the first ruffian (Jubela), but escaped. Accosted and handled roughly by the second ruffian (Jubelo), he again refused to divulge the secrets and again escaped. The third ruffian (Jubelum) then accosted him and, when Hiram again refused to divulge the secrets, killed him with a blow to the forehead with a setting maul. The body was hastily concealed under some rubbish in the Temple until midnight ("low twelve") when it was taken out to the brow of a hill and buried. The grave was marked by a branch of Acacia (an evergreen tree common in the Middle East), and the three ruffians attempted to escape the country. Denied passage on a ship out of the country, they retreated into the hills to hide. Meanwhile, back at the Temple, it was noticed that Hiram was missing and King Solomon was notified. Solomon immediately ordered a search in and about the Temple with no success. At this point 12 "fellowcrafts" reported to the King that they and three others (the three "ruffians") had conspired to extort the secrets of Hiram Abiff but they had repented and refused to go through with the murderous plan. They reported that it was those other three who had murdered Grand Master Hiram and King Solomon then sent them out in groups of three to search in all directions.

After questioning the sea captain who had refused the murderers passage, three of the searchers then followed the murderers' path and discovered the grave with its Acacia at the head. Digging down and recognizing the body, they reported back to Solomon. Solomon sent them back to locate the grave, positively identify the body as Hiram and to attempt to raise it from the grave with the grip of an Entered Apprentice. They relocated the grave but were unable to raise the body because decomposition had caused the flesh to cleave to the bone. Reporting back to Solomon, they were told to return to the grave and attempt to raise the body with the grip of a Fellowcraft. When this failed because the skin slipped away, they reported back to Solomon who, himself, went to the grave and raised the body up with the grip of a Master Mason, the "Strong Grip of a Lion's Paw." Hiram was not only brought up out of the grave, but restored to life. The first word he spoke was the replacement for the "Grand Masonic Word" lost at his death and that word is the one passed down to Master Masons to this day. (1) This, then, is the Masonic legend of Hiram Abiff, and most Blue Lodge Masons believe that it is a factual, scriptural and historical account. It is generally believed, in spite of the fact that the Masonic authorities and writers of doctrine agree that it is not only a myth, unsupported by facts, but acknowledge that it is but a retelling of Isis and Osiris.
O registro bíblico

A Bíblia registra dois homens nomeados Hiram, relativo a construção do Templo do Rei Salomão; uma é Hiram, Rei de Tire, que era assistente de Salomão e quem providenciou materiais e trabalhadores para o projeto.

O outro Hiram, chamado "o filho de uma viúva da tribo de Naftali", era um trabalhador de metais, não o arquiteto do Templo inteiro. Ele fez os pilares, pás e bacias de metal. As escrituras registram que este Hiram, o filho da viúva, completou todo o trabalho que ele tinha vindo fazer no Templo. Presumivelmente, ele voltou então à sua casa em Tire, são e salvo (não há nenhuma indicação na Bíblia de que qualquer coisa tenha ocorrido).

Relativo à reivindicação maçônica que Hiram, o filho da viúva, era o arquiteto principal do Templo, a Bíblia está clara estabelecendo que ele não era tal coisa. A Bíblia revela que Deus, Ele mesmo, era o desenhista e arquiteto do Templo, que Ele deu os planos em detalhes minuciosos para Davi e que Davi os deu a Salomão, junto com a maioria dos materiais.
A conexão egípcia

É o consenso da opinião entre autoridades maçônicas, filósofos e escritores da doutrina que a lenda de Hiram Abiff somente é a versão maçônica de uma lenda muito mais antiga que a de Ísis e Osíris, a base dos Mistérios egípcios.


A Lenda de Ísis e Osiris

Osíris, Rei dos Egípcios e seu Deus, realizou uma longa viagem para abençoar nações vizinhas com o seu conhecimento das artes e ciências. Seu irmão ciumento, Tifão (deus do Inverno) conspirou para assiná-lo e roubar seu reino. E assim aconteceu. Isis, irmã e esposa de Osiris e sua rainha (e também deusa da lua) partiu em procura do corpo de seu marido, investigando tudo que encontrou.

Após certas aventuras, ela encontrou o corpo com uma Acácia próxima à parte da cabeça no caixão. Retornando ao lar, ela secretamente enterrou o corpo, pretendendo dar um verdadeiro enterro assim que os preparativos fossem feitos. Tifão, por traição, roubou o corpo e cortou-o em 14 pedaços e os escondeu em diversos lugares. Isis então fez uma segunda busca e localizou todos os pedaços com exceção de um: o phallus.

She made a substitute phallus, consecrated it, and it became a sacred substitute, and object of worship.

This, in extremely abbreviated form, is the Egyptian legend of Isis and Osiris. It is without doubt, the basis for the Masonic legend of Hiram Abiff. To support this "Egyptian connection," let's consider two things: a brief comparison of key elements in both stories and the conclusions of the Masonic authorities in Masonic source-writings.
Uma breve comparação das Lendas de Hiram Abiff e Osíris

A semelhança fundamental entre as duas histórias pode ser vista em muitos aspectos, a seguir estão alguns dos mais importantes:

Ambos os homens foram para terras estrangeiras para partilhar os seus conhecimentos de artes e ciências.
Em ambas as lendas os dois possuiam algo precioso: Hiram possuía a palavra secreta, Osiris possuía o reino.
Em ambas as lendas há uma conspiração perversa por homens maus para adquirir as posses dos dois.
Em ambas as lendas há uma luta e um assassinato do líder virtuoso.
Ambos são assassinadas por seus irmãos (Osiris por Tifão; Hiram por Jubelum, seu irmão maçom).
Ambos os corpos são enterrados às pressas, com a intenção de um futuro funeral.
Locais dos corpos estão ambos marcados por uma Acácia na cabeça do local do enterro.
Em ambas as lendas, há duas buscas separadas para encontrar os corpos.
Em ambas as lendas há uma perda de algo precioso: com a morte de Hiram, a palavra secreta está perdida; na morte de Osíris, o falo está perdido.
Em ambas as lendas há uma substituição para o bem precioso que se perdeu; A palavra perdida de Hiram é substituída pela palavra secreta; O falo perdido de Osíris é substituído por outro falo consagrado.

O Terceiro Landmark

"A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade tem sido respeitada. Nenhum rito existe na maçonaria, em qualquer país ou em qualquer idioma, em que não sejam expostos os elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas escritas podem variar e, na verdade, variam; porém, a lenda do construtor do Templo constitui a essência e a identidade da Maçonaria. Qualquer rito que a excluísse ou a alterasse materialmente, cessaria, por isso, de ser um rito maçônico."
Antecedentes Históricos

Elias Ashmole, sábio e antiquário inglês (1617–1692), iniciado em 1646, teria sido o criador dos rituais dos três graus da maçonaria simbólica e, inclusive, da Real Arco, autoria hoje contestada por autores modernos mas a época em que eles foram criados permanece a mesma e que é uma época interessante pelos fatos históricos que aconteceram e que muito tem a ver com o desenvolvimento da maçonaria moderna. Carlos I, príncipe da dinastia escocesa dos Stuart, foi decapitado em 1649, com o triunfo da revolução de Oliverio Cromwell que instala sua república puritana. Elias Ashmole, que era do partido dos Stuart, haveria decidido modificar o Ritual de Mest.´. fazendo uma alegoria do trágico fim de Carlos I e para que fora usado tanto os conhecimentos míticos como o espírito místico; Hiram ressuscita dos mortos assim como Carlos I será vingado pelos seus filhos.

Especulações foram desenvolvidas por quem procura descobrir a origem da Lenda e, de fato, nem seus autores são conhecidos, tendo aparecidos em escritos diversos mencionados por quem ouviu falar. A Lenda não tem mais de 300 anos, dentro da ritualística maçônica e nenhum dos antigos manuscritos maçônicos menciona a Lenda de Hiram, nem mesmo a Constituição de Anderson de 1723 e nem os Regulamentos Gerais compilados por George Payne em 1720.

Uma lenda é uma narração transmitida pela tradição, de eventos considerados históricos, mas cuja autenticidade não se pode provar. Sendo assim, não poderíamos falar que o fato realmente não existiu, somente que não temos provas sobre ela.

A Lenda de Hiram não é mencionada desde o Primeiros Graus porque sem ter os conhecimentos completos do primeiro e segundo grau, não pode ser compreendido ainda o mistério da vida, da morte e da ressurreição. O novo Mestre, irá estudar que a morte vence porque, por deficiência nossa, nos não temos estudado o segredo da vida que é a verdade; com um estudo mais profundo veremos que a morte é negação, a vida é afirmação; a morte é como o erro; o erro existe porque existe a ignorância; procuremos o secredo da vida que vence a morte.
Antecedentes Bíblicos

A morte de Hiram nas mãos dos três maus companheiros também não é mencionada na Bíblia pese a que são dedicados muitos capítulos à construção do Templo de Salomão com dados detalhados da quantidade de obreiros, financiamento, custos, arquitetura, etc. É mencionado Hiram Abif como Hirão de Tiro, (Reis 7, 13) ou Hurão Abiú sendo Hurão, meu pai, (Crônicas 2,13) filho de uma mulher viúva, filha de Dã e que, junto com ser um homem sábio de grande entendimento, sabia lavrar todos os materiais. Mas a Bíblia não credita a Hiram Abif o cargo de diretor dos trabalhos de construção do Templo e sim como um artífice encarregado de criar as obras de arte que iriam a causar admiração aos visitantes.

Todos sabemos que os livros da Bíblia não são exatos historicamente falando. Temos o exemplo das medidas do Mar de Bronze que, conforme cálculos da engenharia moderna, é de 75.000 lts. Conforme Reis era de 53.000 lts, conforme Crônicas era de 79.000 lts e, ainda, conforme uma Bíblia inglesa em Reis dá a medida de 9.273 lts. Na própria construção do Templo a quantidade de obreiros empregados era, em Reis de 30.000 que o rei Hiram de Tiro enviava em levas de 10.000 cada mês, e havia mais 150.000 entre carregadores e cabouqueiros, sendo eles 70.000 aprendizes e 80.000 companheiros, todos eles dirigidos por 3.300 mestres. Considerando que as dimensões do Templo (o interior de edifício era de 60 cúbitos de comprimento e 20 de largura, equivalentes a 30 x 10 mts) para a época eram grandes, mas hoje em dia não seria maior que qualquer igreja modesta, por tanto, aparece um exagero a quantidade de obreiros mencionado na Bíblia. O filósofo holandês Spinoza, século XVII, no seu Tratado Teológico Político menciona que os livros da Bíblia não são muito autênticos, especialmente pelo fato de ter sido escrito muitos séculos depois que os fatos neles relatados teriam acontecido, e os tradutores não sempre ter entendido a mensagem que a Bíblia encerra.
O martírio de Hiram e outros grandes Iniciados

Noah. Conforme a tradição judaica, os três filhos de Noah tentaram ressuscitar seu pai da mesma forma e com os mesmos resultados iniciais de nosso ritual de terceiro grau e, somente com os 5 pontos de perfeição conseguiram seu objetivo. Outro detalhe relacionado com a tradição judaica e da qual, aliás, nosso ritual tem usado tantos ensinamentos, seria que o significado de dois nomes dos maus companheiros, estar-ia relacionado com o Bem e o Mal, na sua onomatopéia, similar para YH ou YHVH e Bel ou Baal, que para os israelitas significavam respectivamente o Bem e o Mal.

Osíris. Osíris é assassinado pelo seu irmão Set por inveja e recupera a vida quando seu filho Horus, usa fórmulas mágicas. Horus era filho da viúva Isis e coincide com a origem da denominação "Filhos da Viúva" com que os maçons somos conhecidos. Lembremos que Hiram também era filho de uma viúva.

Tammuz. Deus fenício amado por Astarté, chamado Adonis pelos gregos onde é amado por Afrodita, esposo de Istar babilônica, morre em Primavera e desce aos infernos onde sua viúva Istar vai procurar a fonte de água que lê devolverá a vida. O Irmão J. S. Ward, autor maçônico inglês, falecido em 1955, escreveu “Who was Hiram Abiff” onde ele pensa que a Lenda de Hiram Abiff é uma adaptação do mito de Tammuz e acrescenta que Hiram Abiff pertencia a uma ordem de sacerdotes que ordenaram seu sacrifício para dar boa ao Templo.

Sócrates. Existe um paralelo entre as características de Sócrates e de Hiram Abiff, tanto na suas qualidades morais como na suas inteligências e dotes de líderes. Os acusadores de Sócrates foram três e os três de escassa significação na sociedade ateniense, sem comparação coma importância de Sócrates. Hiram e Sócrates puderam livrar-se da morte mas isso seria uma traição aos seus ideais. Sócrates vive eternamente na sua sabedoria que deixou como legado para a humanidade e Hiram vive eternamente na acácia maçônica. Ambos simbolizam o triunfo do valor moral sobre a covardia, do espírito sobre a matéria, do bem sobre o mal, do certo sobre o errado.
A lenda e o Zodíaco

As obras do Templo estavam já por terminar-se indicando que o Sol já teria percorrido as três quartas partes do seu curso anual; os três maus companheiros situam-se nas portas do Médio dia, Ocidente e Oriente, ou seja, os pontos do céu por onde sai o Sol, onde alcança sua maior força e onde se põe, ao morrer o dia. O primeiro golpe é dado com a régua de 24 polegadas que representa a revolução diária do Sol. O segundo golpe é dado com um esquadro; dividindo o círculo zodiacal em quatro partes temos quatro esquadros de 90 graus sendo que cada um deles representa uma estação do ano. O terceiro golpe é dado com o maço que tem uma forma cilíndrica o que acaba representando uma revolução anual.

Três CComp\matam o Mestre Hiram e nove Mestres procuram seu corpo. São os doze meses do ano zodiacal sendo que os Companheiros simbolizam os meses do Outono que antecedem o Inverno, quando a natureza morre. Os três CComp\são Libra (23/setembro à 22/outubro), Escorpião (23/outubro à 21/novembro) e Sagitário (22/novembro à 21/dezembro) quando começa o Inverno (sempre estamos falando do Hemisfério Norte, onde foi criada a simbologia maçônica) e quando nosso querido Mestre recebe o terceiro golpe que acaba com sua vida. Em Capricórnio (22/dezembro à 20/janeiro) a substância terrestre está inerte mas é fecundante; é descoberto o corpo do Mestre. Em Aquário (21/janeiro à 19/fevereiro) os elementos construtivos são reconstituídos na terra e se preparam para uma vida nova.

Hiram Abiff vive para sempre.
Wikepédia.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A ERA DOS DEUSES.


Houve um tempo em que a Terra foi habitada por seres a que os humanos chamavam deuses. Estes deuses governavam as várias partes da Terra directamente ou por delegação em humanos semideuses ou simplesmente humanos, participando e motivando as guerras que ao longo da História se foram tornando conhecidas. Esta afirmação parece ser fruto de uma imaginação hilariante e desprovida de bases científicas, religiosas ou históricas. Mas será que é assim? Vejamos.

Quem conhece um pouco da mitologia grega e das inumeráveis atribulações que afectavam os deuses e os humanos, além das atrocidades cometidas por aqueles, com especial destaque para o grande Zeus, pode pensar que tudo não passa de uma criação feita pela imaginação dos gregos antigos que, para além dessas histórias de deuses, nos legaram também os mitos (peças de teatro) que ainda hoje quebram a cabeça de quem se dedica à área da psicologia, e nos alimentaram com a sua filosofia.

A criação dos mitos, como o mito de Sísifo ou o mito de Édipo (complexo de Édipo), por exemplo, é de tal modo complexa e se refere directamente à verdadeira natureza humana, que não é possível que tenham sido criados por uma população inculta e de conhecimentos rudimentares. A filosofia vem confirmar que se tratava, realmente, de gente muito culta e com profundo saber acerca da condição humana.

Mas então se isto é verdade, porque será que consideramos as histórias dos deuses como pertencentes ao imaginário colectivo grego e que não correspondem a factos reais?

O livro mais vendido no mundo, a Bíblia, confirma que, em determinada época os deuses habitaram entre nós. Basta ler o Génesis, 6.1-4. Evidentemente que onde se lê filhos de Deus, deveria ler-se filhos dos deuses. Isto é o resultado de tentativas toscas de adaptar a Bíblia, mesmo o Antigo Testamento, às necessidades doutrinais da religião, que fala sempre em Deus e não em deuses. Um trecho interessante é aquele em que Iahweh, transcrito para português como Jeová ou Javé, expulsando o homem e a mulher do paraíso diz: “O homem tornou-se como um de Nós, conhecedor do bem e do mal”. O “Nós” é sem dúvida plural, não indica somente ele, Iahweh, mas esses seres a que passámos a chamar deuses. Nem poderia ser de outra forma, pois o homem não se tinha tornado Deus, mas sim igual aos deuses.

Além de ser o livro mais vendido no mundo e considerado por muitos como o livro mais sagrado, a Bíblia tem sido também o livro mais controverso e sujeito a uma miríade de interpretações. Algumas escolas esotéricas dizem que tem várias leituras: a literal, a simbólica e a alegórica. Isto quer dizer que algumas das suas passagens podem ser entendidas de forma literal, que algumas figuras e personagens podem ser considerados simbólicas e que algumas histórias são pura alegoria. Mas isto não é mais do que um arranjo conveniente que a religião introduziu para evitar sérios embaraços que algumas das passagens da Bíblia provocam. O Iahweh ou Javé é um deus cruel e sanguinário, não há como entendê-lo de forma simbólica ou alegórica. A visão de Ezequiel é a descrição de uma nave alienígena, não há como evitar a comparação com as outras descrições que têm vindo a ser conhecidas.

Nem tudo, no entanto, pode ser lido de forma literal. A história de David e Golias é uma alegoria, assim como o reino de Israel à altura do rei David não passava de um reino de pastores nómadas. A construção da Arca de Noé também não pode ser aceite como uma acontecimento verdadeiro. Basta fazermos alguns cálculos simples para chegarmos a essa conclusão.

A mitologia é tida na generalidade como um conjunto de fábulas sobre histórias de deuses, de semideuses, e como fruto da imaginação dos povos antigos. Há muito de verdade nisto, pois se os mitos correspondem a acontecimentos verdadeiros, a sua narração foi sendo alterada ao longo do tempo pois, como se costuma dizer, “quem conta um conto acrescenta um ponto”. Assim chegaram aos nossos dias histórias fabulosas de deuses com várias cabeças, de deuses que devoram os próprios filhos, de monstros de várias naturezas, etc. É exemplo flagrante a mitologia grega. No entanto…

O mundo está cheio de vestígios que demonstram que em determinada época da antiguidade foi habitado por seres poderosos, possuidores de uma tecnologia superior, em alguns aspectos, àquela que possuímos hoje. As evidências estão por toda a parte, mas a nossa sociedade procura ignorá-las, deixando o assunto para os sonhadores e românticos de um passado extraordinário. Por um lado, a crença de que um Deus humanizado fez tudo, fez o universo, as estrelas, os planetas e, naturalmente, o homem. Por outro lado, há aqueles que atribuem tudo às leis da evolução, que podem estar certas quando se referem à Natureza em geral, mas que falham quando dizem respeito ao ser humano, cuja evolução contém grandes mistérios, principalmente no que refere aos verdadeiros “saltos quânticos” para os quais ainda não se encontrou uma explicação razoável. Por exemplo, ninguém sabe exactamente porque é que o “Homo de Neardhental” desapareceu da face da Terra e foi substituído pelo “Homo Sapiens”, o homem moderno, não havendo nenhuma ligação entre os dois. Pelas leis de evolução das espécies o ser humano não estaria no patamar em que está hoje.

Existe uma enorme confusão na classificação dos seres que antecederam o homem moderno, os especialistas da área têm ideias diferentes acerca da nossa progressão sobre a Terra. Por exemplo, e para dar uma noção do que seria o homem hoje se sujeito apenas às leis da evolução, o “Homo Ergaster”, um ser que habitou a terra há cerca de 3 milhões de anos, era nómada e vivia da caça que apanhava usando como arma lascas afiadas de sílex. Levou cerca de um milhão de anos para descobrir que se colocasse a lasca de sílex na ponta de uma vara, a caça seria mais fácil.

O homem racional insiste em atribuir realizações fantásticas do passado aos seres humanos da época, usando ferramentas rudimentares mas realizando obras fabulosas. O caso mais curioso é o das pirâmides de Gize no Egipto. Inúmeras teorias acerca da sua construção, principalmente da maior, atribuída a Quéops ou Khufu, têm sido desenvolvidas, tentando explicar o inexplicável. Todas as teorias caem pela base se fizermos uma simples operação de aritmética: a Grande Pirâmide foi construída com 2 milhões e trezentos mil blocos de granito, pesando em média, cada um, duas toneladas e meia; Quéops, o presumível construtor, foi faraó durante 23 anos, ou 8.395 dias; se a pirâmide tivesse começado a ser construída logo no primeiro dia da sua instalação como faraó e continuasse ininterruptamente durante os 23 anos do seu reinado, sem um único dia de descanso, seria necessário assentar diariamente 274 daqueles blocos de granito de 2 toneladas e meia. Hoje, com toda a tecnologia de que dispomos, seria um empreendimento impossível. Como é que se insiste que foram os egípcios do tempo de Quéops que a construíram?

Ainda em relação á Grande Pirâmide, ninguém consegue explicar a perfeição e a mínima margem de erro das seus medidas e dos seus ângulos, tarefa que hoje é ainda impossível, pois não existe obra no mundo com tão pequena margem de erro.

A teoria de que a elevação dos blocos de pedra foi feita através de uma rampa, rolando os blocos sobre toros de madeira é, no mínimo, ridícula. Por um lado seria necessário reunir uma quantidade de material maior do que o aplicado na pirâmide para fazer a rampa. Por outro lado o rolamento sobre toros de madeira é moroso e rudimentar, que não tem nada a ver com a técnica aplicada na construção, uma técnica superior de que ainda hoje não temos o menor vislumbre.

Restam assim duas alternativas para explicar a sua construção: ou a pirâmide foi construída durante muito mais tempo do que o do reinado de Quéops, correndo a sua construção ao longo de vários reinados; ou foi construída há muito mais tempo do que se supõe por esses seres a que os humanos chamaram deuses.

Manuel O. Pina.

Thor, Senhor dos Anéis, Cavaleiros do Zodíaco: RAGNARÖK narra de forma didática e cronológica a história dos deuses nórdicos.


Assinada por Mirella Faur – escritora romena da Transilvânia radicada no Brasil e uma erudita no assunto – obra faz uma introdução à mitologia nórdica presente nos dias de hoje no cinema, desenhos e quadrinhos. Livro conta com uma lista em ordem alfabética dos deuses, além de um guia de pronúncia dos nomes nórdicos e escandinavos

Thor, Odin, Loki, Frigga, Freya, As Valquírias, Midgard, Valhalla, Asgard, Gigantes, Anões, Elfos , o mito do Anel do Poder. Estes nomes estão presentes em inúmeros filmes, desenhos animados, quadrinhos e games de sucesso no mundo inteiro. Cavaleiros do Zodíaco – verdadeira sensação no final dos anos 90 - , a trilogia literária/cinemetográfica O Senhor dos Anéis e, mais recentemente, o filme Thor – que já é a segunda maior bilheteria no Brasil em 2011 - são protagonizados por deuses nórdicos e suas narrativas inspiradas nesta mitologia.

Mas quem são esses deuses? Qual é a origem histórica, teológica e ou filosófica deles? Existem relações entre a mitologia nórdica e a grega? Odin é o pai de Thor? Quem são elfos? Essas e outras centenas de questões são respondidas em RAGNARÖK – O Crepúsculo dos Deuses – Uma Introdução à Mitologia Nórdica, obra que chega às livrarias de todo o Brasil pela Editora Cultrix.

Assinado pela escritora e palestrante romena da Transilvânia radicada no Brasil Mirella Faur – também autora do best-seller e obra de referência Mistérios Nórdicos (Editora Pensamento) – o livro descreve a origem cultural e histórica dos mitos nórdicos de forma abrangente em uma narrativa que transcorre por toda a história. Tudo organizado de forma cronológica, inclusive contemplando um glossário ao fim do livro. A obra parte do período pré-histórico (4000 a.C.), visita o período Romano (150-100 a.C.) e a era dos Vikings (a partir de 793 d.C.), e chega ao Renascimento, não deixando de explicar o uso desses mitos por religiões neopagãs modernas, como o Asatrú, considerado na atualidade uma das relgiões oficiais da Suécia.

Mais adiante, a obra explica à mitologia: todo o contexto da formação e do desenvolvimento da sociedade e cultura nórdicas é trabalhado em uma linha do tempo. Os mitos são alinhados às características e valores locais, o que amplia o alcance do livro: o leitor se depara não só com a estética da mitologia, mas sua essência, raizes e origem sócio-culturais.

A publicação conta ainda com dois guias: um intitulado Correspondências das Divindades, que relaciona cada uma delas, e o outro, um Guia de Pronúncia dos nomes das divindades. Tudo é relatado em detalhes: as origens, poderes, privilégios e ambições dos deuses e os símbolos a eles ligados, assim como suas capacidades e poderes.

RAGNARÖK pode ser considerado uma “bíblia” para os amantes do assunto e um guia para aqueles curiosos que querem dar os primeiros passos no rumo a desvendar todos os mistéiros e fantasias que envolvem os deuses e que, em pleno século XXI, continuam a arrastar milhões de pessoas para salas de cinema de todo o planeta.

Veja alguns dos deuses presentes no livro

Thor


Elemento: fogo, terra, chuva
Animais totêmicos: bode, touro
Cores: vermelho
Plantas: barba-de-bode, carvalho, cardo, espinheiro
Pedras: ágata de fogo, amonite, jaspe sanguíneo hematita, moldavita, tectito
Metais: ferro, estanho
Símbolos: anel de ferro, carruagem , cinto , luvas, martelo , pilar, raio, roda solar, entre outros
Atributos: coragem, proteção e defesa, aumento da força física, da fertilidade e da força física e da virilidade. Preservação da ordem, entre outros
Datas da Celebração: quintas-feiras, 19/01, 20/05, 28/07, 01/08

Odin

Elemento: ar, fogo
Animais totêmicos: baleia, gaivota, golfinho, peixes
Cores: azul, cinza, índigo, verde, violeta
Plantas: cogumelos sagrados, freixo, mandrágora, sangue-de-dragão, teixo
Pedras: esmeralda, opala-de-fogo, ônix, rubi-estrela, sardônica, turquesa
Metais: ferro, estanho, mercúrio, ouro, prata
Símbolos: anel, bastão, cajado, escudo, espada, lança, manto com capuz, entre outros
Atributos: conhecimento oculto, sabedoria e poder mágico, metamorfose, uso e leitura das runas, deslocamento entre os mundos, entre outros
Datas da Celebração: quartas-feiras, 30/04, 18/08 , 02/11 , 06/12

Loki

Elemento: fogo( descontrolado), água, ar, terra
Animais totêmicos: cavalo, égua, lobo, mosca varejeira, salmão, serpente aquática, pulga, raposa
Cores: furta cor
Plantas: alucinógenas, espinhentas, venenosas
Pedras: vulcânicas, radioativas
Metais: chumbo
Símbolos: erupções vulcânicas, explosões, fogueiras, incêndios, queimadas, terremotos, tempestades magnéticas, curtos-circuitos, panes elétricas
Atributos: metamorfose, armadilhas, espertezas, fraudes, máscaras, magias, mentiras, roubos, trapaças...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Criação dos Anjos.


Deus criou as coisas visíveis e invisíveis.
A existência dos anjos é dogma, isto é, verdade de fé da Igreja. Trata-se de verdade contida na Sagrada Escritura, proclamada nos Concílios Ecumênicos, afirmada pela unanimidade dos Santos Padres, e ensinada por todos os Teólogos fiéis ao magistério da Igreja. A definição dogmática, deu-se no IV Concílio de Latrão realizado no ano 1215. Antes desse Concílio, a existência dos Anjos, fora afirmada e formulada no Concílio Ecumênico de Nicéia I (ano 325), sob o pontificado do Papa São Silvestre, cujo decreto D.54 explica claramente:
"Creio em um só Deus, Pai Todo Poderoso,
Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis".
Estas palavras são quase que a repetição daquilo que São Paulo ensinava em sua primeira carta aos Colossenses (Col 1,16s).
Todas as referências aos Anjos são feitas considerando-os como seres reais e não como símbolos, abstrações, puras mensagens de Deus, ou personificações literárias dos atributos divinos. A existência dos Anjos como também dos demônios é uma verdade que faz parte da doutrina católica. Temos que partir da convicção, por fé, de que os Anjos de fato existem.
A Bíblia não nos indica o momento de sua criação nem as circunstâncias em que foram criados, no entanto fala inúmeras vezes de suas intervenções diretas na história da salvação e nos destinos da humanidade.
Os anjos foram criados do nada por Deus, "em Cristo", e a serviço de Deus e da Igreja; prestando este serviço em louvor e adoração constantes a Deus e auxiliando o homem de diversas formas.
Quando por um ato de sua livre vontade o Senhor Deus resolveu iniciar a sua criação, Ele o fez de duas formas, ou seja, dividiu sua criação em duas: a criação visível e a criação invisível.
A criação visível de Deus é composta de tudo quanto os nossos olhos podem alcançar, ou melhor, tudo que os nossos sentidos percebem. Já a criação invisível é retrato do próprio Deus, que se faz visível por suas obras, mas é de natureza invisível.
A criação invisível de Deus é que, na realidade, une e coordena toda a natureza. Esta criação é super povoada por seres espirituais que têm por nome: Anjos. A palavra anjo tem um significado de mensageiro, enviado, emissário de Deus. Eles existem por um ato da vontade de Deus que os tirou do nada e os trouxe a existência.
Os Anjos de Deus são seres brilhantes e resplandecentes, dos quais emana luz, e são um espelho da glória de Deus. São seres poderosos diante do trono, sua luz intensa irradia energia, porque Deus, a fonte da luz, tem pleno domínio sobre Eles.
A Tradição Católica acredita que o número de anjos criados por Deus é muito superior ao número de homens criados, visto que cada homem, desde Adão até o último que aparecer na Terra, tem um Anjo de Guarda diferente.

Mais Um Amanhecer.


O dia está amanhecendo;
O sol começa a despontar no horizonte;
Em meu peito a inquietude provocada pela incerteza do que irá me acontecer;
É como se de repente tudo à minha volta tivesse perdido o seu sentido; Ponho-me a chorar, mas não sei exatamente o porquê.
Vejo pássaros que voam um vôo tranqüilo, parece que eles têm certeza do que buscam e de onde o encontrarão;
Começo a questionar-me sobre o que tenho desejado e onde buscar.
Os pássaros se perderam de vista,
E eu me perco em pensamentos.
Que certeza eu posso ter em meio a toda essa confusão?
O que me assegura que eu estou realmente vivo e não morto?
Parece-me que há uma cortina de trás da qual o sol acabou de sair.
Será possível erguê-la e dá uma olhada para ver o que acontece por lá e qual é o filme que passa sobre minha vida?
Não ter resposta para estas perguntas é torturante;
Não saber qual é o enredo do filme que envolve minha vida é muito triste e doloroso.
Mas, então, o que devo fazer?
Sentar-me e esperar tudo acontecer?
Não!
É necessário que eu mesmo crie o enredo do filme que eu quero para minha vida e certamente voarei livremente como os pássaros.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nascimento.


Na graça da Divina Luz o Ser é concebido, com a seiva da vida e o sopro do amor. Lembro que vim por uma lágrima da árvore, que chorou de emoção ao ver descer a Divina Luz no casamento do Sol com a Lua, entre o céu imenso e a vasta terra.

Dessa lágrima que em gota do orvalho deslizou numa folha gentil, fui carregada suave pelo ar na aurora silenciosa da manhã e recebida ternamente pela rocha majestosa.

À beira do rio, no fluxo corrente da existência, nasci nutrida e banhada pelos raios do sol que por vezes se despediam da noite e da sua amada luz da lua, seu espelho translúcido. Quando o sol se esconde no horizonte, é para recolher-se e meditar na plenitude do Si mesmo.

Cresci com a árvore me oferecendo sombra e acalento; o ar me abençoando na respiração consciente; a rocha me ofertando suporte; o rio de água pura lavando meu corpo, minha mente e alma. O sol me aquecendo durante o dia, a lua me ninando durante a noite. No terno colo gentil do Ilimitado Pai e da Infinita Mãe, ambos me afagando na doçura da presença sublime.

Os amáveis animais que habitavam esta serena mata, vinham a mim com alimentos colhidos dos frutos e flores, das sementes e ervas. Até que me ensinaram a fazer isso por mim mesma.

E assim, este crescer a fluir e evoluindo integrada entre os elementos e os seres elementais, entre a natureza e os seres vivos, entre anjos e guardiões, entre a diversidade tão única, acreditando no ser natural e espontâneo. Saiba que o vento uiva muitos segredos que ainda não podem ser entendidos por aquele que não se abre à pureza do bom coração.

Os pássaros me ensinaram a cantar; as folhas nas copas das árvores e os bambus me ensinaram a dançar; as flores me ensinaram as virtudes nas cores e toda a diversidade encantada fazendo seu papel em me educar nos reais valores, com respeito, amor e compaixão.

Todo o dia o beija-flor me relembra a graça divina e num beijo recebo o carinho de sua brisa. Em seu vôo ágil, brilha radiante e me sussurra feliz: “Filha da Luz! Tu és Luz!”. Acredito que ele diz isso a todos por onde passa como mensageiro divino, porém nem todos páram para receber a mensagem nesse sinal tão belo e singelo.

Na dança das copas das árvores com o vento, algumas folhas caiam se espiralando em torno de mim. E a brincadeira acontecendo no cultivo de um encanto sem par. Aprender a beleza da integração, aprender a riqueza da simplicidade, aprender na força suave da natureza o que está além de palavras - o sentir...

Um dia, num beijo pela picada da serpente, recebi a magnífica iniciação do renascimento, no poder do veneno encontrei a sabedoria da transmutação. E a força vital que brilhava por meus poros e olhos, me fez ver o outro lado da vida que é a morte contínua de si mesmo.

Enquanto a larva e a borboleta me instruíam em como efetivar a real transformação do Ser, vez ou outra, a chuva deliciosa derramando-se sobre a terra fertilizando a beleza da vida renovada. Outras vezes os planetas e astros brincavam de esconde-esconde, enquanto os cometas e asteróides eram como pequenas estrelas rasgando o azul noturno do céu em raios de luz que escorriam pelo espaço, invocando o chamado do DESPERTAR!

Na agilidade serelepe dos esquilos; na alegria incrível dos cachorros e na liberdade inteligente dos gatos aprendo a amizade da pureza bondosa. Fortaleço-me na ordem e disciplina das formigas, me rendo na entrega das cigarras, e com cada bicho um aprendizado magnânimo.
Átma

um poema de rumi.


O segredo dos segredos se abriria para você.
A face do desconhecido
Oculto além do universo
Apareceria no espelho de sua percepção.
Na verdade, sua alma e a minha são a mesma
Este é o real significado de nossa relação
Entre nós não existe mais eu e você.
Acredite em mim. Tudo o que aparece
são as sombras e imagens.
A mão que as desenha é a mão do senhor
A pessoa não ama
A menos que ilumine sua alma
Ele não é um amante
A menos que gire como estrelas ao redor da lua
Se você olhar cuidadosamente, verá
que cada partícula no ar
Feliz ou triste está mergulhada
Dentro do sol do Universo Absoluto
Cada partícula está tão bêbada
e louca quanto nós.
União... é o jardim do Paraíso
Separação... é o sofrimento do Inferno
O amor permanente no universo
Sempre permanece coberto
E torna nu aquele que está coberto
Este é o ponto sutil.
Oh alma, quem é o seu amor? Você sabe?
Oh coração quem está dentro de você? Você sabe?
Oh carne, você busca um caminho para escapar
de forma desonesta.
Quem está puxando você para Ele?
Olhe. Quem está buscando por você?
O universo estava repleto de milagres.
O orvalho do amor estava misturado com a argila humana
Centenas de sacrifícios por amor
Entraram nas veias da alma e produziram uma única gota
Que é chamada de coração
Oh Amado, estamos mais próximos de você que o Amor.
Somos o solo no qual você anda
É razoável, na crença do amor,
Ver todos os universos através de você
Mas não ver você?
É necessário maturidade para o caminho do amor.
É necessário estar fora dos problemas da terra.
Curar a própria cegueira.
A verdade preenche o universo
Você tem olhos para vê-la?
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Trecho do Poema - Tão louco quanto Nós
Por Rumi.