quinta-feira, 10 de setembro de 2009
CONSCIENCIA CÓSMICA.
O médico canadense Richard M Bucke, num trabalho de mais de setecentas páginas que interessa em muito a todos aqueles que trabalham ou de alguma forma se dedicam a temas como "educação", "evolução humana", "humanismo" e congêneres, trabalho a que intitulou Consciência Cósmica, editado no Brasil pela AMORC, defende a interessante tese de que estamos em processo evolutivo milenar, senão vejamos.
Entre os minerais não percebemos crescimento notório, reprodução, mobilidade, sensibilidade, etc. Não são reconhecidamente dotados do que poderíamos - à falta de expressão mais adequada - chamar de "vida" como a compreendemos.
O reino vegetal, um pouco mais complexo, comporta reprodução, crescimento, alguma mobilidade, como as raízes que penetram subsolo abaixo seguindo as correntes hídricas ou os galhos que, pontuados por folhas buscam a luz solar. Com tudo isso, não se tem aceitação "científica" de qualquer forma de consciência no reino vegetal.
Quando chegamos aos animais, o que os caracteriza mais ostensivamente é a percepção de que são efetivamente dotados de uma forma, ainda que rudimentar, de consciência. Uma consciência coletiva, integrada à natureza em sua plenitude. Têm memória, reflexos, mobilidade, reprodução (na maior parte dos casos sexuada)... Não são dotados de uma autoconsciência, ou seja, de serem separados da natureza individualmente.
Ao chegarmos aos seres humanos, percebemos que, além das características simples existentes no reino animal, encontramos o surgimento da autoconsciência, plenamente desenvolvida hoje entre homens desde aproximadamente os três anos de idade; esta característica nova, a autoconsciência, começou a surgir entre os primeiros hominídeos em raros e esporádicos casos, nos quais alguns seres humanos, por algum motivo, davam este "salto evolutivo" naquela direção, via-de-regra, entre 35 e 42 anos de idade, passando, a partir daí, a fazer parte do patrimônio genético-biológico da humana espécie e hoje, somente em raros casos de esquizofrenia, oligofrenia, idiotismo ou outra patologia nesta direção deixa-se de encontrar a consciência de ser alguém à parte da Natureza entre os seres humanos.
Agora o avanço mais difícil: segundo dr. Bucke, há cerca de cinco milênios começaram a surgir casos raros e esporádicos, sempre também via-de-regra entre os 35 e os 42 anos de idade, de seres humanos que transcenderam a sua condição, atingindo aquilo que o Autor chama de Consciência Cósmica. Dentre os casos perfeitos e completos de Consciência Cósmica arrolados pelo Autor, cito aqui Akhenaton, Lao-Tse, Moisés, Pitágoras, Buda, Jesus Cristo, São Paulo, Maomé e Walt Whitman.
Esta nova consciência, esse novo "salto evolutivo" traz consigo algumas características que passam a distinguir seu detentor, quais sejam:
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