quinta-feira, 10 de setembro de 2009
"Que bom, estamos cercados de anjos!"
"Os anjos estão a serviço do amor incondicional de Deus pelos homens"
De tempos em tempos a angelologia ressurge no mundo, como se aqueles seres divinos, ocasionalmente se utilizassem de veículos humanos para lembrar-nos a todos de que não estamos sós. A frase que utilizo aqui como título foi por mim ouvida de uma menininha numa escola religiosa de educação infantil, o Colégio Santa Inês de São José do Rio Pardo. A epígrafe aprofunda a mensagem. Terry Lynn Taylor escreveu um trabalho muito bonito, editado no Brasil pela Cultrix/Pensamento, intitulado Anjos, Mensageiros da Luz, impelida por impulsos superiores a ela mesma, segundo diz na Obra, possivelmente verberando e reverberando idéias confortadoras a todos os que vivem nestes tempos sombrios.
Quantos de nós já sentiu um amor assim, incondicional? É assim que Deus nos ama. Não importa o que façamos, pensemos ou sintamos, estamos sempre ao alcance do amor incondicional de Deus por nós, basta que lhe estendamos as mãos e o pensamento e a qualquer momento o encontramos disposto ao perdão, à compreensão ao consolo.
Nós, humanos, usualmente condicionamos nossos sentimentos de amor a alguma coisa. Nos casos mais nobres à pura e simples correspondência. Se somos correspondidos em nossos sentimentos, o amor segue frutífero e, em geral, "a ingratidão desmancha a afeição". Se dizemos coisas como "eu te amo enquanto for correspondido por você" ou "te amo desde que você não ultrapasse esta ou aquela barreira", de Deus sabemos e sentimos que nos ama incondicionalmente. E os anjos, seus mensageiros, espalhados pelo mundo, talvez pousados entre uma e outra linha destes escritos, sorridentes, estão integralmente entregues ao serviço da felicidade de todos os homens, sem exceção, independentemente do que venhamos a sentir ou pensar acerca de um determinado fato da vida que é em grande medida uma tremenda ilusão dos sentidos.
De um ponto de vista mais "científico" ou cientificista, não há mal algum em acreditar em anjos se isso traz paz de espírito, tranqüilidade e até mesmo saúde física e mental. Teologicamente falando, são tantas as referências a anjos nos livros sagrados de todas as religiões que seria ilógico mesmo ser religioso e acreditar que os anjos estiveram na Terra tempos atrás, não se manifestando mais nos tempos contemporâneos.
Dentre as recomendações dos angelólogos, podemos enfatizar a necessidade da leveza, da alegria que nos fortifica as energias todas no agir cotidiano. Anjo é leveza, despreocupação, felicidade, otimismo, ajuda imediata em tempos de aflição ou angústia, até mesmo salvação em casos extremos!
Há quem veja neste processo de "ressurreição" da angelologia algo como "a nova face do velho demônio". Visão tacanha, uma vez que nenhum reino dividido contra si mesmo sobrevive e, se Satanás promove o bem-estar e a felicidade, deixa de ser um anjo decaído, claro. Se pensarmos e mesmo conversarmos com os anjos e isso nos fizer sentir e fazer sempre o bem, qual é o grande problema? O papa João XXIII, Ângelo Giuseppe Roncalli tinha como costume, quando às vésperas de um encontro com alguém ou alguma delegação "hostil" ao Vaticano, conversar com seu anjo da guarda, solicitando que este entrasse em contato com os anjos da guarda dos outros envolvidos e se fosse estreitando os caminhos para que quando o encontro físico efetivamente se desse já se tivesse vencido algumas etapas. Fazer como bom papa, seguir-lhe o exemplo neste ponto só pode ser benéfico. Mesmo se você for cético, há de concordar não haver mal algum em se pensar e seguir coisas que apontam na direção da bondade, beleza, verdade, justiça.
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