quinta-feira, 10 de setembro de 2009
O ANJO E O DEMONIO.
Problemópolis possui uma rica tradição folclórica, com muitas lendas sobre heróis, reis, deuses e guerras. Um tipo de história que figura proeminentemente nesta tradição é a disputa intelectual entre dois rivais, que freqüentemente toma a forma de um “jogo”: há confrontos entre heróis e monstros, reis e deuses, lógicos e esfinges, e muitos outros.
O antropólogo e arqueólogo John H. Conway, principal autoridade no assunto, relata uma destas lendas em sua clássica obra [1]:
“Antes do mundo se formar, e antes de haver pessoas, flutuava no vazio um gigantesco tabuleiro de xadrez. Sua vastidão é incompreensível aos mortais de hoje: era um tabuleiro infinito em todas as quatro direções.
Neste tabuleiro caminhava um anjo. Em tempos imemoriais, o anjo esteve envolvido numa batalha, cujas causas e vencedores já foram esquecidos; a luta, contudo, custara-lhe as asas, e arremessara-o neste tabuleiro, a que se encontrava para sempre confinado.
Um demônio, vagando pelo éter, deparou-se com o sofrimento do anjo, e decidiu atormentá-lo, tornando sua prisão ainda mais restritiva.
O demônio, com seus poderes infernais, é capaz de destruir quadrados do tabuleiro. Um quadrado destruído torna-se um abismo, e sobre estes o anjo não pode caminhar. Além disso, o demônio ainda possui asas, de modo que ele mesmo não está no tabuleiro, e pode destruir (quase) qualquer quadrado a qualquer hora. Porém, o anjo veste sua armadura de Serafim, cuja aura impede a destruição do quadrado em que o anjo está. O objetivo do demônio, portanto, é cercar o anjo de abismos, de modo que este acabe restrito a um único quadrado.
O anjo e o demônio alternam seus movimentos. Em sua vez, o anjo pode andar um quadrado, na horizontal, vertical ou diagonal (como o rei do xadrez), ou ficar parado. O diabo, em seu turno, destrói um dos quadrados permitidos.
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